Bruna Rocha | 01 de dezembro de 2025 - 21h00

Eduardo Paes defende Lula e critica Cláudio Castro após megaoperação no Rio

Prefeito do Rio afirma que segurança pública é responsabilidade do Estado e denuncia "jogo de empurra"

POLÍTICA
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). - (Foto: Reprodução)

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e criticou o governador Cláudio Castro (PL) pela condução da megaoperação na capital fluminense que resultou em 122 mortos, incluindo cinco policiais militares. Segundo Paes, a responsabilidade pela segurança pública é estadual, e as críticas ao governo federal configuram um “jogo de empurra absolutamente ridículo”.

Durante o fórum empresarial do grupo Esfera, o prefeito enfatizou que o governo federal e os municípios podem auxiliar, mas quem detém o controle do sistema de segurança são os Estados. “Se a segurança vai mal, a culpa é do governador do Rio e dos outros Estados do país. Esse debate precisa ficar claro. O jogo de empurrar tem que ser superado”, afirmou.

Paes, pré-candidato ao governo do Rio em 2026, também defendeu a postura do presidente Lula diante das cobranças. Ele questionou por que apenas o Rio de Janeiro responsabiliza o governo federal, citando outros Estados, como Santa Catarina, onde o presidente não é criticado pelos índices de segurança pública.

A megaoperação, realizada na madrugada de 28 de outubro nos complexos da Penha e do Alemão, gerou atritos entre as gestões federal e estadual. Castro alegou não ter recebido apoio da União, enquanto o ministro da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou não ter recebido pedidos. Posteriormente, o governador disse ter sido “mal interpretado”.

O episódio motivou ainda a visita do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ao Rio de Janeiro para acompanhar a operação. Além disso, a situação impulsionou movimentações no Congresso e no governo federal em torno de projetos de segurança pública com foco nas eleições de 2026.