Christiane Mesquita | 01 de dezembro de 2025 - 13h00

Audiência na Alems debate acesso gratuito a sensores para controle do diabetes tipo 1

Encontro na próxima quarta busca ampliar políticas públicas e garantir tecnologia para pacientes diabéticos em MS

SAÚDE PÚBLICA
Fachada da Assembleia Legislativa de MS, onde acontece a audiência sobre o acesso a sensores de glicose para diabéticos - Foto: Wagner Guimarães / Arquivo ALEMS

Na próxima quarta-feira, 3 de julho, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) será palco de um debate que pretende impulsionar o acesso a uma das tecnologias mais importantes para o controle do diabetes tipo 1: os sensores de glicose. A audiência pública, intitulada Tecnologia e dignidade no tratamento do diabetes, será realizada no Plenarinho Nelito Câmara, por proposição do deputado estadual e 1º secretário da Casa, Paulo Corrêa (PSDB), em parceria com o vereador de Campo Grande, Ronilço Guerreiro (Podemos).

A proposta da audiência é discutir caminhos para garantir que pacientes da rede pública de saúde, especialmente os com diabetes tipo 1, tenham acesso gratuito aos monitores digitais de glicose — dispositivos que já fazem parte da realidade de muitos brasileiros e estão disponíveis no mercado, mas ainda são de difícil acesso para a população mais vulnerável.

Tecnologia para salvar vidas - O uso de sensores digitais no controle glicêmico representa um avanço significativo no tratamento da doença. O aparelho permite o monitoramento contínuo dos níveis de glicose, mesmo durante o sono, o que possibilita maior controle, prevenção de crises e mais qualidade de vida para o paciente.

“Participei do debate que aconteceu na Câmara Municipal e trago para a Assembleia Legislativa a experiência sobre o que eu aprendi, para que as pessoas possam acessar essa tecnologia que já é real em todo o Mato Grosso do Sul”, afirmou o deputado Paulo Corrêa, destacando o compromisso em transformar a escuta da população em políticas públicas eficazes.

O diabetes tipo 1 é uma doença crônica e autoimune caracterizada pela destruição das células do pâncreas que produzem insulina. Sem esse hormônio, o corpo não consegue controlar os níveis de açúcar no sangue, o que pode gerar complicações severas. Entre os sintomas estão sede excessiva, urina frequente, fadiga, fome exagerada, perda de peso e fraqueza.

Participações técnicas e institucionais - A audiência contará com a presença da biomédica Bianca Rahal Paraguassu, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional Mato Grosso do Sul (SBEM/MS). Representantes da Secretaria de Estado de Saúde (SES), de secretarias municipais, médicos e vereadores também foram convidados para enriquecer o debate.

A expectativa é que o evento sirva de ponto de partida para ações concretas em nível estadual que viabilizem a aquisição pública desses sensores, atualmente custeados apenas por pacientes da rede privada ou por iniciativas pontuais de alguns municípios.