Bruna Rocha | 28 de novembro de 2025 - 17h00

Cármen Lúcia diz que democracia brasileira resiste sem abalos

Ministra do STF defende papel do Judiciário diante de tentativas de ruptura institucional

MERCOSUL JUDICIAL
Ministra Cármen Lúcia entrega broche com a frase "democracia inabalada" a representantes do Mercosul. - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Durante o X Encontro do Fórum de Cortes Supremas do Mercosul, realizado nesta sexta-feira (28), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia reforçou que a democracia no Brasil permanece firme, mesmo diante de investidas antidemocráticas. Representando o país no evento, a magistrada destacou o papel da Justiça na preservação do Estado Democrático de Direito.

"Reafirmamos que mantemos, sem abalo, a democracia, mesmo que haja tentativa de abalo às instituições", disse a ministra. Segundo ela, os tribunais têm a responsabilidade central de garantir que a Constituição seja cumprida e que os direitos fundamentais sejam assegurados.

O discurso ocorre na mesma semana em que o STF determinou o início do cumprimento de pena do ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, e de outros envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Cármen Lúcia não mencionou nomes, mas sua fala foi vista como uma resposta institucional ao episódio.

A ministra também distribuiu aos representantes das supremas cortes do Mercosul um broche com a inscrição “democracia inabalada” — símbolo adotado pelo STF após os ataques de 8 de janeiro de 2023, que destruíram parte da sede do Judiciário em Brasília.

O presidente do STF, Edson Fachin, também participou do encontro e reforçou a mensagem de resiliência das instituições. “As instituições brasileiras resistiram àqueles ataques e seguem firmes, inabaladas, assim como a nossa democracia”, afirmou.

O fórum, que reúne representantes do Judiciário dos países integrantes do Mercosul, discutiu temas relacionados à cooperação judicial, direitos fundamentais e proteção democrática na região.