Ataque de Israel no sul da Síria deixa ao menos 10 mortos, incluindo civis
Moradores relatam que vítimas eram civis; exército israelense alega operação contra grupo extremista
INTERNACIONALAo menos dez pessoas morreram nesta sexta-feira (28) após uma operação militar de Israel na cidade de Beit Jann, no sul da Síria. Entre as vítimas estão mulheres e crianças, segundo relatos de moradores. O ataque reacende a tensão na região fronteiriça, já instável por conta da guerra civil síria e dos conflitos envolvendo grupos extremistas.
O Exército de Israel confirmou a ação e afirmou que se tratava de uma missão para prender integrantes do grupo libanês Jamaa Islamiya, classificado como islamista. A operação teria começado com uma incursão terrestre, mas evoluiu para um confronto armado quando as tropas israelenses foram recebidas a tiros por moradores do vilarejo. Seis soldados ficaram feridos e foram levados a um hospital.
A população local contesta a versão do governo israelense e afirma que os mortos eram civis sem ligação com grupos armados. Um dos homens mortos, segundo familiares, havia celebrado seu casamento no dia anterior. Já o comunicado militar de Israel afirma que "vários militantes foram mortos" e que todos os suspeitos foram detidos, encerrando a operação.
Israel alegou que suas tropas reagiram após serem atacadas e que contou com apoio aéreo para conter a reação local. Até o momento, não houve confirmação independente sobre a identidade dos mortos, e o número exato de vítimas pode aumentar.
Contexto de tensão regional - Beit Jann fica próxima às Colinas de Golã, uma região de disputa geopolítica onde frequentemente ocorrem confrontos entre forças israelenses e grupos ligados ao Hezbollah e a outros movimentos armados. A operação ocorre em um momento delicado da segurança na região, marcada por ataques pontuais e operações transfronteiriças.