Morador de Campo Grande perde R$ 30 mil ao tentar comprar carro pelo Facebook
Negociação envolveu supostos vendedores de outra cidade e terminou com prejuízo e promessa não cumprida
CAPITALUm morador de Campo Grande caiu em um golpe ao tentar comprar um carro anunciado no Facebook Marketplace e perdeu R$ 30 mil. A negociação, que parecia legítima, envolveu um Fiat Strada branco, ano 2014, e foi finalizada presencialmente em São Gabriel do Oeste, a 140 km de Campo Grande.
A vítima relatou à polícia que encontrou o anúncio e entrou em contato com o suposto vendedor, que alegou que o carro estava no nome do cunhado devido a uma dívida familiar. Após combinar de ver o veículo pessoalmente, ele viajou até São Gabriel do Oeste e foi recebido por um homem que se apresentou como Axell.
No local, o comprador testou o carro e os dois foram até o Detran para verificar a situação do veículo, que não apresentava nenhuma restrição. Apesar de certa resistência do vendedor em concluir o negócio, a compra foi fechada.
Pagamento feito, carro não entregue - O comprador fez a transferência de R$ 30 mil via Pix para uma conta jurídica no Banco Cora, em nome de uma mulher indicada como responsável pela negociação. No entanto, após o pagamento, os problemas começaram: o suposto vendedor alegou que o dinheiro havia sido bloqueado por 24 horas e se recusou a entregar o carro até que houvesse a liberação.
No dia seguinte, a vítima voltou para Campo Grande com a promessa de que o veículo seria entregue posteriormente. À noite, recebeu novas mensagens com exigência de uma declaração de pagamento, supostamente para “liberar” a quantia. Mesmo após cumprir a exigência, o carro não foi entregue.
No segundo dia, o comprador retornou a São Gabriel do Oeste e ouviu mais uma vez que o valor não havia sido recebido. As mensagens trocadas com outro envolvido na negociação, identificado como “Alexandre”, passaram a incluir desculpas e prazos variados. Mais tarde, ele admitiu via mensagem que se tratava de um golpe.
O caso foi registrado na Depac Cepol como estelionato. A vítima já notificou a Caixa Econômica Federal, onde possui conta, e aguarda análise da instituição. Ele também informou que a empresa usada na transação pertence ao pai dele, que aparece como sócio da conta jurídica onde o valor foi depositado.
A polícia registrou o boletim e deu início aos procedimentos para investigação.