Renan Monteiro | 26 de novembro de 2025 - 13h10

FGTS libera uso do fundo para contratos habitacionais após junho de 2021

Nova regra corrige distorção e permite acesso ao teto de R$ 2,25 milhões para todos os mutuários

ECONOMIA
Mudança aprovada pelo Conselho Curador do FGTS elimina restrição de uso do fundo para contratos assinados após junho de 2021. - (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, nesta quarta-feira (26), uma mudança importante na resolução que trata do uso do fundo para financiamentos habitacionais. A medida elimina a diferença de tratamento entre mutuários com base na data de assinatura do contrato, garantindo que todos possam utilizar o FGTS dentro do teto atual de R$ 2,25 milhões para imóveis.

A alteração foi feita por meio de um ajuste redacional na resolução nº 994/2021, que havia criado uma espécie de divisão temporal. Até então, os contratos assinados antes de 11 de junho de 2021 permitiam o uso do FGTS nas novas regras, enquanto os posteriores a essa data estavam impedidos, mesmo que o teto atual já estivesse em vigor.

A distorção surgiu porque a norma exigia que o valor do imóvel fosse avaliado e compatível com o teto vigente na data de assinatura do contrato. Isso gerou uma assimetria: dois mutuários com o mesmo perfil e imóvel semelhante poderiam ter tratamentos diferentes, dependendo apenas da data do contrato.

A mudança, portanto, corrige esse impasse, liberando o uso do FGTS para liquidação, amortização ou pagamento parcial das prestações também para os contratos firmados a partir de 12 de junho de 2021.

A atualização da regra atende a uma demanda crescente de clientes que vinham relatando o problema a instituições financeiras e ao Banco Central. A limitação anterior gerava insegurança jurídica e poderia resultar em uma onda de ações judiciais contestando o tratamento desigual entre mutuários.

Com a nova redação aprovada, a regulamentação do uso do FGTS para moradia própria torna-se mais equitativa e elimina entraves burocráticos que poderiam impactar negativamente o mercado imobiliário e os financiamentos habitacionais.