Caravina cobra governo sobre retirada de papiloscopistas de delegacias em MS
Deputado apresenta ações para garantir continuidade do serviço de identificação civil no estado
SEGURANÇA PÚBLICAO deputado estadual Caravina apresentou duas ações na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul com o objetivo de assegurar segurança jurídica e continuidade ao serviço de identificação civil no estado. As propostas respondem a preocupações manifestadas por prefeitos e pelo Sindicato dos Papiloscopistas de MS (SINPAP-MS) diante de mudanças na estrutura da perícia papiloscópica.
A primeira medida é uma indicação formal ao governador Eduardo Riedel e ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, para que sejam atualizados o Decreto nº 14.954/2018 e a Lei Complementar nº 114/2005. O deputado solicita, entre outros pontos, a inclusão do campo “carreira” na identidade funcional dos servidores, a padronização das tabelas de subsídios e a correção de artigos legais que atualmente não citam a carreira de Perito Oficial Forense.
Além disso, Caravina defende que atribuições já desempenhadas pelo Instituto de Identificação, como exames biométricos e comparação facial humana, passem a ser mencionadas expressamente na legislação. Segundo o parlamentar, trata-se de uma adequação técnica que não gera impacto financeiro, e que já foi aprovada de forma unânime pelo Conselho Superior da Polícia Civil.
A segunda ação foi um requerimento encaminhado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), pedindo esclarecimentos sobre a retirada dos peritos papiloscopistas das delegacias em diversos municípios do interior. Prefeitos relataram ao gabinete do deputado que a mudança foi feita sem consulta prévia e que pode comprometer o atendimento à população, especialmente diante da nova demanda gerada pela emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN).
Muitos desses municípios, segundo o deputado, investiram recursos próprios para garantir o funcionamento dos postos de identificação nas delegacias. “São estruturas que atendem diretamente os cidadãos e que agora podem ficar desassistidas”, alertou.
No documento, Caravina solicita que a Sejusp informe os critérios técnicos e legais utilizados para justificar a mudança, se houve ato formal que determine a retirada dos profissionais e se está prevista alguma forma de diálogo com os municípios afetados e com o próprio Legislativo. Ele também pede que a resposta seja enviada em tempo razoável, dada a importância do tema.
Para Caravina, o momento exige cautela e escuta ativa. “Os peritos papiloscopistas são essenciais para a identificação civil e para a segurança pública. Toda mudança dessa magnitude precisa de justificativa clara e diálogo com os municípios. Nosso compromisso é garantir que o serviço continue chegando à população com eficiência e segurança”, afirmou.
O parlamentar reforça que, diante do crescimento da demanda por documentos de identificação e da importância da biometria para ações policiais e civis, qualquer descontinuidade ou desestruturação no serviço pode trazer impactos significativos ao cidadão sul-mato-grossense.