Governo prevê necessidade de R$ 30 bi extras em 2026, diz Dario Durigan
Secretário-executivo da Fazenda afirma que cortes de benefícios e taxação de bets e fintechs serão essenciais para fechar as contas
ECONOMIAO Ministério da Fazenda mira um reforço de R$ 30 bilhões na arrecadação para 2026 e considera esse ajuste indispensável para cumprir as metas fiscais. A avaliação foi feita nesta segunda-feira (24) pelo secretário-executivo da pasta, Dario Durigan. Segundo ele, a expectativa é levantar R$ 20 bilhões com o projeto que reduz benefícios tributários e outros R$ 10 bilhões com a proposta que aumenta a taxação sobre bets e fintechs.
Durigan afirmou que há consenso no Congresso e entre setores da economia de que é preciso corrigir “assimetria entre instituições financeiras”. Ele também disse que os dois projetos seguiram “todo o processo político necessário”, com debates e negociação.
O secretário avaliou ainda que, caso as propostas não avancem — cenário que considera pouco provável —, o governo terá de buscar alternativas para garantir a meta fiscal de 2026. Ele disse manter “boa relação” com as duas Casas do Congresso e reforçou que a articulação continua.
Meta de 2025 mantida
Durigan também demonstrou confiança no cumprimento da meta de resultado primário de 2025. Segundo ele, o desempenho da arrecadação segue dentro do esperado, mesmo em um ambiente de política monetária restritiva. O secretário afirmou que as receitas tiveram alta real de quase 10% em 2024 e devem crescer mais 4% em 2025.
Ele reforçou que o relatório bimestral divulgado nesta segunda não abre espaço fiscal adicional. “Estamos apenas compensando o resultado das estatais”, afirmou, repetindo posicionamento já informado pelo Ministério do Planejamento.