Defesa de Anderson Torres pede que eventual prisão seja cumprida em unidade especial
Advogados alegam risco pessoal, uso de medicamentos e falta de estrutura no sistema prisional comum
POLÍTICAA defesa de Anderson Torres pediu nesta segunda-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, caso o ministro Alexandre de Moraes determine a execução antecipada da pena, o ex-ministro da Justiça não seja encaminhado ao sistema prisional comum.
Os advogados solicitam que Torres cumpra eventual prisão em local especial, como a Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal ou outra unidade equivalente. A alegação é de risco pessoal, já que o ex-ministro é delegado da PF e integrou o governo Jair Bolsonaro. A defesa também menciona ameaças recentes e o uso contínuo de medicamentos.
No pedido, os advogados afirmam que Torres está em acompanhamento psiquiátrico e utiliza antidepressivos, com receita médica anexada ao processo. Para eles, o sistema prisional comum não oferece condições adequadas para o tratamento terapêutico necessário ao ex-ministro.
O documento também informa que a defesa pretende apresentar embargos infringentes até o dia 3 de dezembro. Torres foi condenado na ação penal relacionada à trama golpista, e esta segunda-feira marcou o último dia para apresentação de recursos após a publicação do acórdão que rejeitou os primeiros embargos de declaração.