Apoiadores protestam contra prisão de Bolsonaro em frente ao condomínio no Rio
Grupo critica decisão de Alexandre de Moraes e pede saída de Lula; vigília convocada em Brasília termina em tumulto
POLÍTICAApoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniram na manhã deste domingo em frente ao condomínio Vivendas da Barra, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, para protestar contra sua prisão preventiva. Vestidos com roupas verde, amarelo e azul, os manifestantes exibiam faixas com críticas ao ministro Alexandre de Moraes, ao presidente Lula (PT) e ao vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). O grupo também agitava bandeiras do Brasil à beira da Avenida Lúcio Costa.
As faixas exibiam mensagens como “Fora Lula e Alckmin” e “Impeachment Alexandre de Moraes”. Outra pedia buzinaço e cobrava a libertação de apoiadores presos por envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023. Um terceiro cartaz dizia: “Golpe é eleição sem Bolsonaro”.
Por volta das 10h, cerca de 25 pessoas participavam do ato, número que subiu para cerca de 60 às 11h30.
Vigília em Brasília termina em confusão
Na noite anterior, em Brasília, uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) terminou em tumulto. O ato reunia cerca de cem pessoas na rua onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar quando um homem identificado como Ismael Lopes pediu para discursar.
Lopes, de 34 anos, leu uma passagem bíblica e afirmou que Bolsonaro deveria ser condenado por sua atuação na pandemia de Covid-19. Imediatamente após a fala, ele foi perseguido e agredido por simpatizantes do ex-presidente com socos e chutes. A Polícia Militar interveio usando spray de pimenta e escoltou o homem até um carro de aplicativo.
Flávio Bolsonaro tentou conter os agressores, mas foi ignorado. O senador estava acompanhado do irmão Carlos Bolsonaro e dos senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Izalci Lucas (PL-DF), além dos deputados Hélio Lopes (PL-RJ) e Bia Kicis (PL-DF).
Ismael Lopes afirmou à PM que sabia do risco de sofrer agressões e que o ato foi consciente. Ele mora em Brasília e já participou, como representante da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, de reunião do Conselho de Participação Social da Presidência da República.
Após o episódio, a vigília foi encerrada.