A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou neste sábado (22) apoio inicial ao plano apresentado pelos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia, mas alertou que o texto ainda é preliminar e exige revisões. Segundo ela, o projeto pode servir como base para um acordo, desde que respeite a soberania ucraniana e a integridade de suas fronteiras.

“Acolhemos os contínuos esforços dos EUA para trazer paz à Ucrânia. O rascunho inicial do plano de 28 pontos inclui elementos importantes que serão essenciais para uma paz justa e duradoura. Acreditamos, portanto, que o rascunho é uma base que exigirá trabalho adicional”, declarou Von der Leyen em publicação na rede social X (antigo Twitter).

Um dos pontos de maior preocupação para a União Europeia, segundo Von der Leyen, são as limitações propostas às Forças Armadas ucranianas, que poderiam deixar o país vulnerável a futuros ataques russos. Ela também destacou a necessidade de aval prévio dos países membros da União Europeia e da Otan para qualquer ponto do acordo que envolva compromissos dessas entidades.

A líder do bloco reforçou que “as fronteiras não devem ser alteradas pela força” e reiterou o compromisso da União Europeia com a integridade territorial da Ucrânia. “Estamos prontos para trabalhar por uma paz sustentável, coordenando de perto com a Ucrânia e os EUA nos próximos dias”, completou.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também comentou o avanço das negociações. Em publicação no X, afirmou que representantes de Ucrânia, EUA, Reino Unido, França e Alemanha vão se reunir neste domingo (23), na Suíça, para discutir a proposta americana.

O plano de paz elaborado por Washington ainda não foi divulgado na íntegra, mas prevê concessões mútuas e a criação de uma zona desmilitarizada. Até o momento, Moscou não se pronunciou oficialmente sobre o documento.