O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), divulgou neste sábado (22) um vídeo em que manifesta apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), preso preventivamente por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Pré-candidato à Presidência da República, Caiado classificou a prisão como “mais um triste capítulo da política nacional” e disse acreditar que “a resposta virá do povo e das ruas nas eleições do ano que vem”.

Para o governador goiano, Bolsonaro está sendo alvo de uma tentativa de desmoralização pessoal e política. “O processo ao qual Bolsonaro está sendo submetido nos últimos meses é uma clara tentativa de envergar sua dignidade até o limite que um homem pode suportar”, afirmou.

Saúde e improbabilidade de fuga - Caiado também questionou os fundamentos utilizados na decisão do STF, que citou risco de fuga como um dos motivos para a prisão. “A suposição de uma fuga a partir de uma vigília é tão improvável quanto a suposição da derrubada do Estado democrático de direito promovida por um bando de baderneiros”, disse, referindo-se à convocação feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e aos atos de 8 de janeiro de 2023.

Ele ainda citou o estado de saúde do ex-presidente para desqualificar a tese de evasão. “Com os problemas de saúde enfrentados por Bolsonaro, é pouco razoável imaginar que ele tivesse condições de executar um plano de fuga elaborado”, declarou Caiado.

Em sua fala, o governador também cobrou uma reavaliação da decisão. “Acredito e torço por uma revisão rápida da decisão de prisão pelo colegiado do Supremo Tribunal Federal”, afirmou, encerrando com um gesto de solidariedade: “Minha total solidariedade ao ex-presidente Bolsonaro e sua família”.

Alinhamento com outros governadores - O posicionamento de Caiado acompanha o de outros líderes estaduais alinhados ao bolsonarismo. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que “Bolsonaro é inocente e o tempo mostrará”. Cláudio Castro (PL), do Rio de Janeiro, afirmou estar ao lado do ex-presidente neste novo desafio. Ratinho Junior (PSD), do Paraná, também se manifestou, dizendo que a prisão “demonstra insensibilidade do Poder Judiciário”.

A prisão preventiva de Bolsonaro foi determinada após o ministro Alexandre de Moraes identificar violação da tornozeleira eletrônica, possível tentativa de fuga e reiterado descumprimento de medidas cautelares. Ele está detido na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.