O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) iniciou nesta sexta-feira (21) uma nova fase de apoio às empresas brasileiras atingidas por barreiras comerciais dos Estados Unidos. Está aberta a consulta online para que fornecedores e exportadores verifiquem se têm direito a acessar linhas de crédito do Plano Brasil Soberano.

A medida ocorre após a aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN), no último dia 13, que ampliou o público-alvo do programa, incluindo empresas que tiveram ao menos 1% do faturamento das exportações impactado por tarifas impostas pelos EUA.

Para verificar a elegibilidade, é necessário acessar o site oficial do BNDES e utilizar o login da plataforma GOV.BR com certificado digital da empresa. Após a autenticação, o sistema informará se o negócio se enquadra nos critérios para receber apoio financeiro e quais soluções estão disponíveis no âmbito do Plano Brasil Soberano.

Segundo o banco, a consulta é o primeiro passo para que exportadores procurem instituições financeiras credenciadas e iniciem o processo de solicitação de crédito.

Desde seu lançamento, o Plano Brasil Soberano já aprovou R$ 7,6 bilhões em financiamentos. A iniciativa é uma das principais ferramentas do governo federal para fortalecer a economia nacional frente a pressões externas e garantir competitividade às empresas brasileiras no cenário internacional.

Com a inclusão de empresas atingidas por restrições comerciais, o governo busca mitigar os efeitos do chamado “tarifaço” e assegurar que setores estratégicos continuem exportando seus produtos com respaldo financeiro.

A decisão do CMN de expandir o público atendido pelo programa foi vista como uma resposta às demandas de empresários que vinham sendo impactados por medidas protecionistas adotadas nos EUA. Produtos como carne bovina, suco de laranja e café figuram entre os mais afetados.

Com o novo escopo, empresas que antes estavam fora do radar do BNDES passam a ter uma alternativa concreta de apoio — desde que comprovem a perda mínima de 1% no faturamento com exportações em função das tarifas estrangeiras.