O ex-prefeito de Embu das Artes (SP), Claudinei Alves dos Santos, conhecido como Ney Santos, foi condenado na última terça-feira (20) a três anos e nove meses de prisão em regime semiaberto pelo crime de porte ilegal de arma de fogo com numeração raspada. A decisão também condenou o segurança Lenin Roque Alves Domingos, que acompanhava o político em uma viagem pelo interior paulista em 2019.

De acordo com o processo, os dois foram flagrados portando pistolas calibre .380 com a identificação apagada enquanto trafegavam em um veículo oficial da prefeitura. À época, Ney Santos ainda exercia o cargo de prefeito.

Apesar de Lenon ser policial penal, a Justiça considerou irregular a posse da arma com numeração suprimida.

Defesa aponta motivação política e anuncia recurso - Por meio de nota divulgada pelo PRB, partido de Ney Santos, e pela equipe da deputada estadual Ely Santos (irmã do ex-prefeito), a defesa criticou a divulgação da sentença. Segundo o comunicado, o caso já havia passado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que teria identificado falhas processuais e devolvido os autos à primeira instância.

“Permanece tranquilo, confiante na Justiça brasileira e certo de que a verdade prevalecerá, como sempre prevaleceu”, diz a nota. A defesa também associou o desfecho do processo a “interesses eleitorais” e afirmou que o político permanece elegível.

“Esse padrão repetido — sempre no mesmo momento, sempre com o mesmo roteiro — reforça a percepção de tentativas contínuas de desestabilizar juridicamente sua trajetória política”, conclui o texto.

A defesa de Lenin Roque não foi localizada até o fechamento desta matéria.