Redação O Estado de S. Paulo | 21 de novembro de 2025 - 11h40

Indicado por Lula, Jorge Messias enfrenta sabatina no Senado antes de assumir no Supremo

Advogado-geral da União precisa ser aprovado em votação secreta; apoio do Planalto no Senado está fragilizado

POLÍTICA
O indicado por Lula (PT) ao STF, Jorge Messias. - (Foto: Daniel Estevão/Ascom AGU)

A indicação de Jorge Messias, atual advogado-geral da União, para o Supremo Tribunal Federal (STF), feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda precisa passar pelo crivo do Senado. O processo inclui uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e votação em plenário.

Messias foi escolhido para ocupar a vaga deixada por Luís Roberto Barroso, que se aposentou no dia 18 de outubro. A confirmação da indicação ocorreu após reunião entre Lula e o jurista no Palácio da Alvorada.

O primeiro passo será a sabatina na CCJ, que costuma durar cerca de oito horas. Todos os 81 senadores podem fazer perguntas ao indicado, ainda que apenas os 27 membros da comissão tenham direito ao voto. Após o parecer da CCJ, o nome segue para o plenário do Senado, onde precisará de ao menos 41 votos favoráveis em votação secreta.

A avaliação de bastidores é que essa será a etapa mais delicada. A recente votação apertada da recondução de Paulo Gonet à Procuradoria-Geral da República expôs as dificuldades do governo Lula em mobilizar apoio no Senado.

Caso seja aprovado, Jorge Messias terá o nome publicado no Diário Oficial da União e tomará posse em cerimônia no STF. Reprovações no Senado são raras: a última ocorreu em 1894.