O secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck, confirmou que vai deixar o cargo no próximo dia 30 de março para disputar uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2026.

A decisão foi construída em diálogo com o governador Eduardo Riedel (PP). O chefe do Executivo pediu que Verruck permanecesse na função até o limite do prazo de desincompatibilização previsto na legislação eleitoral. O motivo: a grande quantidade de projetos em execução pela secretaria.

Em entrevista à imprensa, o secretário explicou que a saída poderia ter acontecido antes, o que daria mais tempo para trabalhar a pré-campanha, mas ele optou por concluir as ações programadas pela pasta. “Para mim era até melhor sair antes, para fazer campanha antes, mas mais pelo conjunto de projetos que nós temos”, afirmou. “Conversei com o governador e eu saio no dia 30 de março, em função do número de projetos que temos para tocar até aquela data. Eu não posso sair depois disso”, completou.

Atualmente filiado ao PSD, Verruck ainda avalia se continuará na legenda ou se buscará outro partido. Segundo ele, essa definição deve acontecer entre fevereiro e março. “Hoje estou no PSD, mas tem lá para fevereiro e março para terminar essas conjecturas. Aí tomo a decisão se saio pelo PSD ou por outro partido. Sou a segunda opção do grupo”, declarou. A primeira opção da sigla para o Senado é o atual senador Nelsinho Trad, presidente estadual do partido e possível candidato à reeleição, o que pode dificultar os planos de Verruck.

Além do secretário de Meio Ambiente, outro integrante do primeiro escalão do governo também avalia uma eventual candidatura nas próximas eleições. O titular da Secretaria de Turismo, Esporte e Cultura (Setesc), Marcelo Miranda, sinalizou que pode deixar o cargo para disputar uma vaga de deputado estadual em 2026.

Miranda afirmou que sua saída está condicionada à continuidade dos projetos em andamento na pasta. “Tenho que deixar a programação toda feita, todos os procedimentos encaminhados. A demanda é muito intensa para o ano que vem”, disse. “A preocupação maior hoje é a continuidade desses projetos. Se tivermos uma sucessão que dê continuidade às ações, eu me coloco à disposição para sair candidato.”

O secretário também comentou que ainda não há definição sobre quem o substituiria, caso a decisão de se afastar se confirme. Ele ressaltou que essa escolha será feita exclusivamente pelo governador.

Sobre a filiação partidária, Miranda revelou ter forte afinidade com o PSDB, mas não descartou migrar para outra legenda que esteja alinhada ao grupo político do governo estadual. “Tenho muita afinidade com a filosofia do PSDB, mas vamos ver como fica o desenho. Há possibilidades de ir para esses partidos, mas me identifico muito com o PSDB”, afirmou.

A definição sobre sua permanência ou não no governo deverá ser tomada até o Carnaval.

Com dois nomes relevantes da gestão estadual avaliando disputar as eleições de 2026, o governo Riedel já começa a mapear possíveis substituições e a traçar estratégias para garantir a continuidade administrativa em áreas estratégicas como meio ambiente, ciência e inovação, turismo, esporte e cultura.