O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (19) a criação da Rede Nacional de Hospitais e Serviços Inteligentes e Medicina de Alta Precisão do SUS, que vai incorporar tecnologia de ponta, inteligência artificial e atendimento especializado remoto em unidades públicas de saúde.

O projeto inclui a implantação de 14 UTIs automatizadas, a modernização de oito hospitais federais e universitários e a construção do primeiro hospital inteligente do Brasil, o Instituto Tecnológico de Emergência do Hospital das Clínicas da USP, com previsão de funcionamento em 2029.

Com 800 leitos, sendo 350 de UTI, o instituto será referência nacional em atendimento de alta complexidade, combinando IA para triagem, ambulâncias 5G, telemedicina, cirurgias robóticas e medicina de precisão. A estimativa é atender cerca de 20 mil pacientes por ano.

Segundo a pasta, o projeto será financiado parcialmente com recursos do Banco dos Brics, que analisa pedido de R$ 1,7 bilhão para a construção da unidade em São Paulo.

As UTIs automatizadas estarão em hospitais de 13 capitais e em Dourados (MS). Já os oito hospitais que passarão por modernização estão em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, com destaque para o novo hospital da Unifesp, e unidades vinculadas à Fiocruz, UFRJ e Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

A rede integra o programa Agora Tem Especialistas, voltado à ampliação do acesso à saúde especializada no SUS. A previsão é que a nova estrutura entre em operação a partir de 2026.