Após pênalti perdido, Estêvão diz que ordem para Paquetá bater veio do banco
Jogadores explicam bastidores da decisão; Marquinhos confirma que escolha foi técnica e Paquetá admite erro por ansiedade
FUTEBOLO empate por 1 a 1 entre Brasil e Tunísia, na última terça-feira (18), ganhou um novo capítulo após a revelação de que a cobrança de pênalti desperdiçada por Lucas Paquetá foi uma decisão tomada fora de campo. Autor do gol brasileiro, Estêvão disse que estava pronto para bater, mas foi orientado a ceder a bola ao camisa 8.
“Foi ordem ali. Claro que apoiei meu companheiro. Em Copa do Mundo a gente tem que aproveitar as oportunidades. Estava com muita vontade de bater, mas veio a ordem e dei para ele. Não foi dessa vez. Agora é trabalhar”, declarou Estêvão após o jogo, reforçando que não foi uma escolha própria abrir mão da batida.
O episódio gerou debate, principalmente porque Estêvão já havia convertido um pênalti durante a partida, demonstrando confiança. Aos 18 anos, o atacante vem se destacando como protagonista da seleção e é o artilheiro da era Ancelotti, com cinco gols em seis jogos.
O zagueiro Marquinhos, capitão da equipe, confirmou que a decisão partiu do banco de reservas. “Com certeza a última palavra é do nosso treinador, por isso corri ali para ver quem ele queria que batesse. Acho que ele queria testar também, ver como o Paquetá iria se sobressair. Infelizmente não conseguiu fazer o gol, mas são circunstâncias do jogo”, afirmou.
Paquetá também se manifestou, assumindo a responsabilidade pela cobrança mal executada. “Fico triste de não conseguir marcar e ajudar a seleção com a vitória. Sou muito habituado, tenho grandes acertos nessa função, mas fugi da maneira que bato. A ansiedade me acelerou um pouco. É buscar melhorar para que, na próxima oportunidade, eu consiga converter e ajudar a equipe”, disse o meia.
O lance gerou frustração entre torcedores e levantou questionamentos sobre a gestão de decisões técnicas em campo, especialmente em um amistoso que poderia servir para consolidar a confiança de jovens jogadores como Estêvão.
Com o empate, o Brasil encerra 2025 com uma atuação instável e novas dúvidas no caminho até a Copa do Mundo, que acontece em sete meses.