Quarta edição do Festival Dia do Graffiti movimenta Vila Nhanhá por três dias
A Vila Nhanhá se prepara para receber o Festival Dia do Graffiti com oficinas, artistas do Norte e Nordeste e cultura de rua
CULTURA URBANANesta quinta-feira (20), a Vila Nhanhá, em Campo Grande, vai se transformar no centro da cultura urbana da cidade. O coletivo Campão Graffiti realiza ali a quarta edição do Festival Dia do Graffiti: Conhecimento e Movimento. Serão três dias de arte, oficina, conversa e celebração da cultura Hip Hop. Tudo com entrada gratuita.
A abertura acontece às 18h no Núcleo Comunitário da Vila Nhanhá. O primeiro momento é de escuta: uma roda de conversa com os três artistas convidados que vêm de longe. Léo Papel, de Salvador, traz na bagagem uma caligrafia urbana cheia de força política. Tia Ireny, de Belém, chega com murais que falam de ancestralidade e presença feminina. Auá Mendes, artista indígena do povo Mura, vem do Amazonas com traços que já circularam por grandes marcas e galerias.
Na sexta-feira, o evento sai do papel e toma as ruas com oficinas de graffiti. Tia Ireny conduz atividades voltadas às crianças e adolescentes, mas abertas a todos. Auá Mendes trabalha com graffiti comunitário. E Léo Papel oferece uma oficina de tipografia e linguagem estética da caligrafia urbana.
O encerramento, no sábado, será em clima de festa. Uma galeria a céu aberto toma forma com os trabalhos feitos durante os dias anteriores. A programação também inclui feira de economia criativa, exposição e apresentações de seis artistas selecionados por chamada pública. Entre eles, Rude (Corumbá), Vadios67, Grazi Romero, DJ Gabis e duas B.Girls: Jeizzy e Amanda Nara.
San Martinez, idealizador do projeto, explica que o Dia do Graffiti é mais que pintura em muro. É um espaço de troca, afeto e educação. “É cultura de rua transformando a realidade. É mostrar que a periferia tem força e voz”, diz.
O evento acontece com apoio da ONG Núcleo Humanitário da Nhanhá e da Política Nacional Aldir Blanc. Outras parcerias, como ColorGin, Sherwin Williams e TransCine, ajudam a viabilizar a estrutura e os materiais.