O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) passará por mudanças significativas a partir de 2026. O anúncio foi feito neste domingo (16) pelo ministro da Educação, Camilo Santana, após o encerramento do segundo dia de provas da edição de 2025, aplicada em todo o país.

Entre as alterações previstas, está a transformação do Enem em um instrumento oficial de avaliação do Ensino Médio no Brasil. A mudança não substituirá o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), que continuará sendo aplicado a cada dois anos.

“Vamos fortalecer o Enem como uma ferramenta de avaliação do Ensino Médio. Mas ele virá como complemento ao que o Saeb já oferece”, afirmou Santana.

Outra proposta em estudo pelo Ministério da Educação (MEC) é a aplicação do Enem em países do Mercosul, com possibilidade de uso do modelo digital. A ideia foi reforçada por Manuel Palacios, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pela elaboração e logística do exame.

“Estamos considerando possibilidades de aplicação digital para facilitar essa expansão internacional. Mas tudo ainda está em fase de estudo”, disse Palacios.

A medida visa facilitar o acesso ao ensino superior brasileiro para estudantes estrangeiros da região, além de reforçar a integração educacional entre os países do bloco.

Segundo o ministro da Educação, a aplicação deste domingo ocorreu sem intercorrências graves. As provas de Ciências da Natureza e Matemática foram aplicadas em mais de 1.800 municípios, com 11 mil locais de prova e 164 mil salas mobilizadas. Ao todo, mais de 300 mil profissionais trabalharam na realização do exame.

Até o fim da tarde, o MEC ainda não havia consolidado os dados oficiais de presença. No entanto, informações preliminares indicam abstenção semelhante à do primeiro dia, que foi de 27%.

No domingo anterior, os participantes responderam às provas de Linguagens, Ciências Humanas e à redação.