A atriz Letícia Rodrigues, intérprete da personagem Sandrão na série Tremembé, fez um desabafo nas redes sociais neste sábado (16) ao comentar a falta de reconhecimento de seu trabalho na repercussão da produção. Em uma publicação feita no X (antigo Twitter), Letícia afirmou estar frustrada com o apagamento de seu nome em diversas matérias e conteúdos sobre a série.

“Eu acho tão importante todos os debates em torno da nossa série. Mas ser absolutamente excluída e meu nome totalmente ignorado é frustrante”, escreveu. A artista ainda reforçou: “Não só nesse vídeo, são dezenas de veículos. Faz parte, mas sendo artista independente na luta há 17 anos, tem dias que dói um pouco”.

A declaração veio como resposta a um vídeo publicado pela influenciadora Lorelay Fox. Na imagem de capa do conteúdo aparecem os rostos de Marina Ruy Barbosa (Suzane von Richthofen), Carol Garcia (Elize Matsunaga) e Kelner Macêdo (Christian Cravinhos), mas não o de Letícia. No vídeo, Lorelay elogia a atuação de Sandrão, mas se confunde ao citar o nome da atriz, referindo-se a ela como "Regina Ruiz" — que, na verdade, são nomes do meio da verdadeira Sandrão na vida real.

Letícia Rodrigues já havia comentado anteriormente sobre as críticas recebidas desde a estreia da série. Em uma publicação que posteriormente foi deletada, a atriz afirmou que era constantemente criticada por detalhes como seu corpo, voz e estilo de atuação.

“Ninguém está satisfeito. Ou eu sou muito magra para a personagem, ou minha voz não combina, ou sou caricata”, desabafou à época.

Apesar das críticas e da falta de reconhecimento apontada, a performance de Letícia como Sandrão tem sido amplamente elogiada por quem acompanha a série. Seu trabalho trouxe nuances à personagem inspirada em figura real, criando uma das atuações mais impactantes da trama.

O caso reacende discussões sobre representatividade e o reconhecimento de atrizes fora do eixo central da fama. Letícia, que há 17 anos atua como artista independente, ressalta os desafios de quem está fora do radar das grandes produções e da imprensa tradicional.

Mesmo diante da visibilidade que a série trouxe, sua experiência expõe como ainda é comum o apagamento de profissionais que não têm projeção midiática prévia — mesmo quando seus trabalhos têm impacto direto na construção da obra.