The Washington Post/E+ | 16 de novembro de 2025 - 09h50

Queda de cabelo: dermatologistas explicam causas mais comuns

Especialistas afirmam que estamos na 'era de ouro do cabelo' e detalham opções eficazes para diferentes tipos de alopecia

SAÚDE
Queda de cabelo é uma queixa muito comum nos consultórios de dermatologistas - Foto: Pixel-Shot/Adobe Stock

A queda de cabelo é uma das queixas mais frequentes nos consultórios dermatológicos — e, segundo especialistas, nunca houve tantas opções eficazes para tratar o problema. Dermatologistas ouvidos pelo Washington Post explicam as causas mais comuns da perda dos fios e quais terapias realmente funcionam, sempre considerando o tipo de alopecia, o histórico clínico e o estilo de vida de cada paciente.

A queda de cabelo acontecem de diferentes maneiras e pode ser dividas em alguns grupos.

É a forma mais comum, de origem hereditária, e causa afinamento progressivo dos fios tanto em homens quanto em mulheres. “Os genes determinam muito do que acontece com o cabelo”, afirma a dermatologista Paradi Mirmirani.

Geralmente aparece após eventos estressantes — doenças, infecções, cirurgias, gravidez — e costuma se resolver em seis a nove meses. Médicos também relatam casos associados ao uso de medicamentos GLP-1, possivelmente por perda rápida de peso ou mudanças na dieta.

Pode ser causada pela alopecia areata, doença autoimune que gera áreas falhas no couro cabeludo. Penteados muito apertados, tranças e extensões também podem provocar alopecia por tração, decorrente do estresse mecânico sobre os folículos.

Tratamento

Coceira, ardência ou queda maior que o habitual são sinais de alerta. A avaliação médica é fundamental porque diferentes tipos de alopecia exigem tratamentos distintos — e quanto mais cedo o diagnóstico, melhores os resultados.

O protocolo ideal depende da causa da queda, idade, gênero e condições de saúde. Entre as opções eficazes, dermatologistas destacam: Minoxidil tópico; Minoxidil oral (off-label)Finasterida oral e Espironolactona. Além de procedimentos complementares como njeções de corticoides para alopecia areata, plasma rico em plaquetas e terapia com luz vermelha de baixa frequência são alternativas utilizadas por especialistas.

A maioria dos tratamentos exige seis meses a um ano para resultados visíveis. Para gestantes, não há terapias realmente seguras.

Segundo a dermatologista Antonella Tosti, tudo depende da integridade dos folículos. Se estiverem preservados, o cabelo pode voltar a crescer. Quando há cicatrização e destruição definitiva, o transplante capilar é a única opção — e exige manutenção com medicamentos após o procedimento.

Quais tratamentos tem pouca evidência?

Suplementos de biotina são amplamente vendidos, mas não têm comprovação contra queda de cabelo, exceto em casos raríssimos de deficiência. A vitamina também pode interferir em exames laboratoriais importantes.

Especialistas recomendam priorizar hábitos saudáveis — boa alimentação, sono regular e exercícios — antes de investir em suplementos com eficácia duvidosa.