Duas produções brasileiras amplamente elogiadas recentemente — “Ainda Estou Aqui” e “O Agente Secreto” — foram selecionadas pela redação da revista britânica The Economist para integrar sua lista de melhores filmes de 2025. A inclusão das obras coloca o cinema nacional sob os holofotes no cenário internacional de crítica.

Lançado no final de 2024 e vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” foi citado pela revista como “uma verdadeira história de sobrevivência na ditadura brasileira”. A publicação ainda elogiou a atuação de Fernanda Torres (“está magnífica como Eunice Paiva”). A outra produção, “O Agente Secreto”, aparece na lista embora sem crítica detalhada por parte da revista. Ainda que tenha sido exibido em festivais no Reino Unido, ele ainda não estreou amplamente nas salas britânicas — fato que torna sua presença no ranking particularmente relevante.

A presença dos filmes brasileiros no ranking da Economist destaca o momento positivo do nosso cinema autoral em festivais e publicações estrangeiras. “Ainda Estou Aqui” carrega o peso histórico de sua temática e já acumulava troféus e elogios antes de ser agraciado com o Oscar. Já “O Agente Secreto” soma ao peso do autor Kleber Mendonça Filho e do ator Wagner Moura, recentemente reconhecidos pela crítica estrangeira.

A revista britânica também destaca, em sua lista, produções de grande alcance internacional — como The Brutalist, vencedor de três Oscars incluindo Melhor Ator para Adrien Brody, e Flow, animação vencedora do Oscar de Melhor Longa de Animação. Diretores renomados como Ryan Coogler, Rian Johnson e Paul Thomas Anderson foram lembrados com seus novos trabalhos. No mesmo ranking figuram ainda títulos de diferentes gêneros, como os filmes de terror A Hora do Mal e Extermínio: A Evolução, e o suspense militar Casa de Dinamite.