Andreza de Oliveira | 14 de novembro de 2025 - 17h40

Casos graves de doenças respiratórias avançam em SP, puxados por gripe e covid

Capital paulista é uma das únicas do país em nível de alerta para Srag; influenza A domina entre jovens e adultos, enquanto idosos seguem vulneráveis à covid-19

SAÚDE
Casos graves de doenças respiratórias avançam em São Paulo, com influenza A e covid-19 entre os principais responsáveis pelas internações. - Foto: Getty Images/Prapass Pulsub

Os casos de síndrome respiratória aguda grave (Srag) voltaram a crescer na cidade de São Paulo nas últimas semanas, impulsionados pelos vírus da gripe e da covid-19. O alerta aparece no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (13). Entre as capitais, apenas São Paulo e Porto Alegre registram nível de atividade considerado de risco ou alto risco para a síndrome no fim de outubro e início de novembro.

Na capital paulista, o avanço da Srag ocorre principalmente entre jovens, adultos e idosos. O vírus influenza A — um dos principais causadores da gripe — lidera as infecções. Entre os mais velhos, o aumento também é influenciado pelo SARS-CoV-2, responsável pela covid-19.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que, de janeiro a outubro, São Paulo registrou 3.209 casos de Srag por influenza e 1.137 por covid-19. A pasta afirma que realiza monitoramento constante e que não há alteração relevante no comportamento sazonal da gripe.

Estado registra tendência semelhante - No panorama estadual, São Paulo, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro apresentam aumento de hospitalizações provocadas por influenza A. Já as notificações de Srag por covid-19 seguem em alta em São Paulo, Paraná e Santa Catarina, segundo a Fiocruz.

Em 2025, o país contabilizou 207.852 casos de Srag, dos quais 52,7% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. Entre os positivos:

39,5% – vírus sincicial respiratório (VSR)

28,5% – rinovírus

23,1% – influenza A

8,3% – SARS-CoV-2

1,2% – influenza B

A síndrome afeta principalmente crianças, mas a mortalidade é maior entre idosos. 12.358 pessoas morreram por Srag até agora em 2025; metade dos óbitos foi associada a vírus respiratórios, sobretudo influenza A e covid-19.

As vacinas contra gripe e covid-19 estão disponíveis para os públicos elegíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Em São Paulo, também é possível receber as doses nas AMAs/UBSs Integradas.