Moraes elogia recondução de Paulo Gonet à PGR e destaca defesa da democracia
Ministro do STF afirma que procurador-geral "cumpriu o prometido" e foi incansável no combate a ataques ao regime democrático
PODER JUDICIÁRIOO ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), elogiou publicamente a recondução de Paulo Gonet ao cargo de procurador-geral da República, nesta quinta-feira (13), destacando a atuação firme e incansável do chefe do Ministério Público Federal na defesa da democracia brasileira.
Na abertura da sessão plenária da Corte, Moraes — que atualmente conduz os julgamentos em razão da ausência do presidente Edson Fachin, que está em Belém para a COP 30 — destacou que Gonet foi um “trabalhador incansável no fortalecimento da democracia” e que cumpriu seu papel com dedicação, humildade, firmeza e serenidade desde que assumiu o comando da PGR, em 2023.
“Ganha a Justiça, ganha o Ministério Público e ganha a sociedade brasileira”, afirmou Moraes, ao saudar a permanência de Gonet por mais dois anos à frente da Procuradoria-Geral da República.
A recondução de Gonet foi aprovada pelo Senado Federal na quarta-feira (12), por 45 votos a 26. O procurador-geral foi nomeado originalmente pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e teve sua atuação consolidada em casos de grande repercussão nacional.
Entre suas ações de maior impacto está a denúncia que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a 27 anos e três meses de prisão, apontando-o como artífice de uma tentativa de golpe de Estado.
Gonet também vem sendo responsável pelas denúncias e sustentação de processos relacionados aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o que ampliou seu protagonismo institucional nos últimos dois anos.
Durante a sessão, Gonet retribuiu os elogios ao Supremo e reafirmou seu compromisso com os princípios constitucionais. Ele exaltou a atuação da Corte e ressaltou a importância da harmonia entre as instituições.
“O Brasil tem motivo de orgulho, porque todos aqui são ministros empenhados, talentosos, inteligentes, vocacionados para o Direito, fiéis aos propósitos democráticos da Constituição”, afirmou.
A fala do procurador-geral reflete a defesa do modelo de Justiça cooperativa entre o STF e o Ministério Público, especialmente no combate à desinformação, aos ataques às instituições e na manutenção do Estado de Direito.