Iury de Oliveira | 13 de novembro de 2025 - 13h25

MS apresenta ações de crescimento com preservação ambiental durante a COP30

Governador Eduardo Riedel destaca políticas para tornar o Estado carbono neutro até 2030 e fortalecer municípios com apoio à sustentabilidade

MEIO AMBIENTE
Governador Eduardo Riedel apresenta ações de desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul durante a COP30, em Belém (PA) - (Foto: Tonico Gamma)

Em meio aos debates globais sobre o futuro do planeta, Mato Grosso do Sul apresentou, nesta quarta-feira (12), durante a COP30, exemplos concretos de como é possível conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental. O governador Eduardo Riedel participou de encontros e painéis em Belém (PA), sede da conferência climática da ONU, reforçando o compromisso do Estado com políticas sustentáveis, transversais e integradas.

Com três biomas — Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica — o Estado tem se consolidado como referência nacional em crescimento com respeito ao meio ambiente. Riedel destacou que 84% do Pantanal sul-mato-grossense permanece preservado e que esse equilíbrio é resultado de políticas públicas articuladas com o setor produtivo, organizações ambientais e entes federativos. Um exemplo disso é a Lei do Pantanal, construída de forma colaborativa durante sua gestão.

“Desde o início do governo temos uma diretriz clara: crescimento com atividades de baixo carbono e preservação da biodiversidade. E isso tem funcionado. Somos um dos Estados que mais crescem no país, com índices entre 5% e 6% ao ano”, afirmou o governador durante o painel promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), com o tema Fortalecendo o papel dos governos subnacionais na governança climática internacional.

Meta ambiciosa: carbono neutro até 2030 - Uma das metas mais ambiciosas anunciadas por Riedel é tornar Mato Grosso do Sul um território carbono neutro até 2030. Atualmente, 94% da energia consumida no Estado é renovável. A estratégia está ligada à criação de um roadmap ambiental construído junto aos 79 municípios.

“Já concluímos o diagnóstico em 70 deles. Pactuamos contratos de gestão com foco em mitigação e crescimento sustentável, buscando resultados que vão além da teoria: queremos transformar as políticas públicas em benefícios reais para a população”, explicou Riedel.

Riedel ao lado de outros governadores do Brasil e países visitantes em encontro promovido pelo governo paraense nesta quarta-feira (Foto: Marcos Santos/Agência Pará)

Municípios no centro da estratégia - A proposta municipalista foi outro ponto forte da apresentação. O programa MS Ativo, citado pelo governador, reforça o diálogo entre o Estado e os 79 municípios. A iniciativa identifica as principais demandas locais e busca soluções conjuntas para áreas como infraestrutura, saúde, educação e meio ambiente.

“Nosso modelo de gestão envolve os prefeitos, vereadores e lideranças municipais em decisões que impactam diretamente o futuro de suas regiões. Assim, conseguimos integrar sustentabilidade, geração de empregos e redução da pobreza extrema”, afirmou.

Riedel destacou ainda que Mato Grosso do Sul possui uma das menores taxas de desemprego do país (menos de 3%) e figura entre os Estados com os menores índices de pobreza extrema, com o objetivo de erradicá-la nos próximos anos.

No encerramento de sua fala, Riedel reforçou que Mato Grosso do Sul está aberto ao diálogo com governos e entidades que queiram conhecer suas experiências. “Se deixarmos a politicagem de lado e focarmos em resultados e boas práticas, as coisas acontecem. Precisamos de convergência entre os atores envolvidos”, pontuou.

Mais agendas na COP30 - A comitiva sul-mato-grossense segue com uma série de compromissos na COP30. Nesta quinta-feira (13), o governador participa do painel MS na Agrizone, promovido pela Embrapa, além de discutir a Lei Geral do Licenciamento Ambiental no Pavilhão Pará da Green Zone, em evento realizado pela Abema (Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente).

Além de Eduardo Riedel, também participam das atividades o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, e o secretário-adjunto Artur Falcette.