Da Redação | 12 de novembro de 2025 - 09h30

Documentário destaca mulheres que preservam a gastronomia do Pantanal

Filme mostra como sete mulheres de MS mantêm viva a cultura culinária pantaneira em diferentes cidades do estado

SABORES REGIONAIS
Filme mostra sete mulheres que preservam a culinária pantaneira em cidades de Mato Grosso do Sul. - (Foto: Divulgação)

Mulheres da Fronteira é o nome do documentário que registra a atuação de sete mulheres sul-mato-grossenses responsáveis por preservar e promover a gastronomia pantaneira em cidades como Campo Grande, Corumbá, Aquidauana e Miranda. A produção será lançada em dezembro de 2025 com exibições no Museu da Imagem e do Som (MIS), Cinemark e no YouTube, com acesso gratuito durante todo o mês.

O documentário, intitulado Mulheres da Fronteira – Uma Comitiva de Sabores pelo Pantanal, tem 90 minutos de duração e foi gravado ao longo de dois meses. A obra foi realizada com recursos da Lei Paulo Gustavo e conta com recursos de acessibilidade, como audiodescrição, legendas e tradução em Libras.

As sete mulheres retratadas no documentário são:

Domingas Torales, cozinheira de tradição;

Maria Adelaide de Paula Noronha, fundadora do Buffet Yotedy;

Cristina da Rocha, dona da Pousada Pioneiro e pioneira do turismo gastronômico em Miranda;

Lidia Aguilar Leite, chef e proprietária do Recanto Vale do Sol Turismo Rural em Corumbá;

Taina Elias Lopes, chef do restaurante Comitiva do Helinho, em Campo Grande;

Kalymaracaya Nogueira, primeira chef indígena do Brasil, da etnia Terena;

Jadi Tamasiro, proprietária do restaurante Jadi Sobá, na Feira Central de Campo Grande.

Cada uma representa um aspecto da culinária regional, utilizando ingredientes típicos e técnicas tradicionais para manter viva a cultura alimentar do Pantanal.

O filme é uma produção dirigida pelo chef e pesquisador Paulo Machado, que há mais de 20 anos estuda a gastronomia pantaneira. O objetivo do projeto é dar visibilidade ao papel feminino na construção e preservação da identidade culinária da região.

“As mulheres sempre estiveram no centro da cozinha pantaneira, mesmo que pouco reconhecidas. Este documentário é uma forma de registrar esse protagonismo e mostrar como a gastronomia pode ser um instrumento de resistência e identidade cultural”, afirma o diretor.

As entrevistas foram gravadas em Campo Grande, no ateliê da artista visual Lúcia Martins Coelho. Ao todo, foram mais de nove meses de produção e 17 horas de material bruto.

A pré-estreia será realizada em dezembro de 2025, no Museu da Imagem e do Som (MIS) e no Cinemark de Campo Grande, com sessões voltadas à imprensa e convidados. Simultaneamente, o documentário será lançado no YouTube, onde ficará disponível gratuitamente durante o mês de dezembro. Em 2026, o filme será inscrito em festivais de cinema e gastronomia no Brasil e no exterior.

A direção de fotografia é assinada por Frico Guimarães, com experiência internacional em cinema. A distribuição ficará por conta de Mônica Guimarães, especializada em festivais. A direção técnica foi realizada por Bruno Loiácono, que conduziu a montagem a partir de um processo artesanal e cuidadoso.