Da Redação | 11 de novembro de 2025 - 21h15

Rio Verde do Pantanal: audiência no STF aproxima mudança histórica no nome da cidade

Prefeito e autoridades de MS se reúnem com ministra Cármen Lúcia para tratar da nova identidade oficial do município

IDENTIDADE REGIONAL
Des. Carlos Contar (TRE-MS), dep. Gerson Claro (ALEMS), sen. Tereza Cristina, pref. Réus Fornari (Rio Verde-MS) e sec. Marcus Vinícius Perez em audiência no STF sobre a mudança para Rio Verde do Pantanal. - (Foto: Divulgação)

Na manhã desta terça-feira (11), um grupo de lideranças de Mato Grosso do Sul atravessou os corredores de um dos prédios mais importantes do país, o Supremo Tribunal Federal, em Brasília. O motivo era mais simbólico do que burocrático: dar um passo formal para que Rio Verde de Mato Grosso passe a se chamar, oficialmente, Rio Verde do Pantanal.

O prefeito Réus Fornari liderou a comitiva. Foi a primeira vez que um prefeito da cidade se reuniu com uma ministra do STF. A audiência aconteceu no gabinete de Cármen Lúcia, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e teve um único ponto de pauta: a mudança do nome da cidade.

Ao lado do prefeito estavam a senadora Tereza Cristina, o desembargador Carlos Eduardo Contar, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de MS, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Gerson Claro, e o secretário-executivo de Gestão Política da Capital, Marcus Vinícius S. Perez. A reunião foi curta, mas direta. Os representantes sul-mato-grossenses apresentaram os argumentos que sustentam a proposta de alteração.

A ideia de mudar o nome não é nova. Já há alguns anos, moradores e lideranças locais defendem que a cidade assuma no nome aquilo que já carrega na paisagem, na cultura e na identidade: sua ligação com o Pantanal. Conhecida informalmente como “Portal do Pantanal”, Rio Verde quer deixar de ser só referência geográfica e passar a carregar esse reconhecimento também nos documentos oficiais.

Durante a conversa, foram apresentados dados históricos, culturais e técnicos que justificam a proposta. A expectativa, segundo os envolvidos, é que a alteração não apenas fortaleça o sentimento de pertencimento da população, mas também ajude a impulsionar o turismo e a economia regional.

Segundo o prefeito Réus Fornari, o novo nome é mais do que uma mudança de letras. “Ele traduz o que somos, onde estamos e o que queremos valorizar”, explicou após a audiência. De acordo com ele, a ministra Cármen Lúcia demonstrou atenção à pauta e compreensão sobre a relevância do tema.

Ao final da reunião, ficou acordado que a assessoria jurídica do município enviará ao TSE o pedido formal de mudança. O processo será acompanhado pela equipe do prefeito, com expectativa de que o plebiscito — necessário para validar a decisão — tenha uma data definida em breve.

O movimento já tem apoio da Câmara Municipal de Rio Verde, da Assembleia Legislativa e de diversas lideranças estaduais. A votação entre os vereadores foi unânime. O mesmo ocorre com o respaldo político de parlamentares e representantes da administração estadual, o que reforça a base institucional da proposta.

Agora, o próximo passo depende do TSE. O tribunal deve analisar o pedido, autorizar a realização do plebiscito e, se a população aprovar, reconhecer oficialmente o novo nome do município.

O processo ainda tem etapas pela frente, mas o encontro em Brasília já foi um avanço importante. Para a cidade, é um passo que mistura história, orgulho e vontade de se apresentar ao país como parte viva do Pantanal.