Redação do Broadcast Político | 11 de novembro de 2025 - 07h35

Brasileiros se dividem sobre efeitos da COP30 e apoio ao petróleo cresce, diz pesquisa

Levantamento mostra empate entre quem acredita em resultados positivos e quem acha que a conferência não fará diferença no país

LEVANTAMENTO
Pesquisa mostra que brasileiros se dividem sobre a COP30 e ampliam apoio à exploração de petróleo na margem equatorial. - (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)

A pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta terça-feira (11), mostra que os brasileiros estão divididos sobre os impactos da COP30 no país. Segundo o levantamento, 41% acreditam que a conferência trará resultados positivos, enquanto outros 41% acham que o evento não fará diferença. Já 7% avaliam que os efeitos serão negativos, e 11% não souberam ou preferiram não responder.

O estudo ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais entre 6 e 9 de novembro, antes do início da conferência em Belém (PA). A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. A pesquisa foi encomendada pela Genial Investimentos.

Os dados indicam que a população ainda está cautelosa em relação ao impacto real da COP30 — conferência climática da ONU que será sediada pelo Brasil em novembro de 2025, em Belém.

Apesar de o governo apresentar o evento como uma vitrine internacional do compromisso ambiental do país, a pesquisa mostra que parte dos brasileiros não vê mudanças concretas no dia a dia a partir das discussões ambientais.

Especialistas avaliam que o resultado reflete a distância entre o discurso climático e as preocupações práticas da população, além da polarização política em torno das pautas ambientais.

Cresce o apoio à exploração de petróleo

O levantamento também analisou a opinião dos brasileiros sobre a exploração de petróleo na margem equatorial, região litorânea que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte.

A rejeição à exploração caiu de 70% em outubro para 49% nesta nova rodada, enquanto o apoio à iniciativa do governo subiu de 26% para 42%.

A margem equatorial é vista como uma nova fronteira petrolífera, com potencial para ampliar a produção nacional. No entanto, ambientalistas alertam para os riscos ambientais na região, especialmente por estar próxima à Amazônia e a áreas de proteção marinha.

O debate sobre o petróleo ocorre em um momento em que o governo busca atrair investimentos sustentáveis e reforçar a imagem do Brasil como potência verde, mas sem abrir mão de explorar recursos energéticos.