Trump promete pagar US$ 2 mil a americanos com recursos de tarifas de importação
Presidente dos EUA afirma que dinheiro virá da arrecadação com novas tarifas, mas não explica como dividendos serão pagos
ECONOMIA MUNDIALO presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (9) que pretende pagar um dividendo de pelo menos US$ 2 mil (cerca de R$ 10,7 mil) a cada cidadão norte-americano, com exceção dos de alta renda. Segundo ele, os recursos viriam do dinheiro arrecadado com as novas tarifas sobre produtos importados.
O anúncio foi feito em uma publicação na Truth Social, rede social criada por Trump. Na mensagem, o republicano afirmou que os críticos das tarifas comerciais são “tolos” e exaltou os resultados econômicos de seu governo.
“Quem é contra tarifas alfandegárias é tolo! Agora somos o país mais rico e respeitado do mundo, com inflação quase nula e um mercado de ações com preços recordes”, escreveu.
Trump afirmou ainda que os Estados Unidos estão “arrecadando trilhões de dólares” com as novas taxas e que o país em breve começará a pagar parte da dívida pública, estimada em US$ 37 trilhões.
“Investimentos recordes nos EUA, fábricas e usinas sendo construídas por todo o país. Um dividendo de pelo menos 2.000 dólares por pessoa será pago a todos”, declarou.
Apesar da promessa, o presidente não detalhou como o pagamento seria realizado nem quais critérios definiriam quem teria direito ao benefício.
Em agosto, o governo Trump aumentou para 50% a alíquota sobre produtos brasileiros exportados aos Estados Unidos. Desde então, as vendas do Brasil para o mercado americano têm caído. Em outubro, a retração chegou a 37,9% em relação ao mesmo mês de 2024, totalizando US$ 2,217 bilhões — o menor volume desde 2020.
As novas tarifas estão sendo analisadas pela Suprema Corte dos EUA, que julga se o governo pode usar poderes de emergência para impor taxas generalizadas a quase todos os parceiros comerciais do país. Trump classificou o julgamento como “o mais importante da história dos EUA” e alertou que uma derrota seria “devastadora”.