Corinthians sofre em casa, cai diante do Ceará e se complica no campeonato
Equipe de Dorival Júnior tem atuação apática, perde por 1 a 0 na Neo Química Arena e aumenta pressão antes do clássico com o São Paulo
BRASILEIRÃONem a força da torcida alvinegra — mais de 39 mil pessoas na Neo Química Arena — foi suficiente para evitar mais uma derrota do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Neste sábado (9), o time comandado por Dorival Júnior perdeu por 1 a 0 para o Ceará, pela 33ª rodada, e voltou a exibir um futebol sem brilho, criatividade ou reação diante de um adversário que foi estrategicamente superior.
O único gol da partida foi marcado por Galeano, ainda no primeiro tempo, após um contra-ataque bem executado pelo time visitante. Com o resultado, o Ceará alcançou sua primeira vitória sobre o Corinthians em São Paulo e ganhou fôlego na tabela, enquanto os paulistas voltam a conviver com críticas e dúvidas às vésperas de um clássico decisivo contra o São Paulo.
Ceará domina mesmo com menos posse - Apesar de o Corinthians ter maior volume de jogo nos minutos iniciais, faltou objetividade. A equipe dependia quase exclusivamente das bolas alçadas na área, tentando explorar jogadas aéreas para Yuri Alberto e os zagueiros. Em uma dessas tentativas, Gustavo Henrique chegou a balançar as redes, mas o lance foi anulado por impedimento de Matheus Bidu, autor do cruzamento.
Do outro lado, o Ceará apostava em linhas baixas e paciência. A proposta de Léo Condé ficou clara: marcar forte e buscar espaços no contra-ataque. Quando Pedro Henrique escapou pela direita e cruzou para Galeano, que finalizou no canto de Felipe Longo, o plano foi executado com precisão. Era o 1 a 0 que determinaria o placar final.
Corinthians limitado e sem reação - O retrato da limitação técnica e tática corintiana apareceu numa cobrança de falta perto da entrada da área. Memphis Depay bateu forte, mas a bola explodiu nas costas do companheiro André Ramalho, que tentava atrapalhar a barreira. Ao lado do holandês, Rodrigo Garro parecia ser uma opção mais promissora para a cobrança colocada.
No segundo tempo, o Corinthians voltou com mais posse, mas seguiu inofensivo. Garro e Memphis foram anulados, Yuri Alberto pouco apareceu, e o time dependia da juventude de Dieguinho, de apenas 18 anos, para tentar algo diferente. O garoto até mostrou técnica e coragem, mas não foi suficiente.
Mudanças ineficazes e clima de pressão - Dorival Júnior tentou modificar o cenário com substituições ofensivas. Talles Magno, Gui Negão e Ángel Romero foram lançados a campo, mas o time virou um amontoado de atacantes desorganizados. Sem padrão de jogo, a equipe se tornou um “ornitorrinco tático”, como descreveu um torcedor nas redes sociais, refletindo a bagunça em campo.
O Ceará, por sua vez, segurou o resultado com faltas táticas e forte marcação. Foram sete cartões amarelos distribuídos ao time visitante, que demonstrou entrega para garantir um feito inédito contra o rival paulista.
Próximos desafios - O Corinthians volta a campo na quarta-feira (13), quando recebe o São Paulo, às 19h30, novamente na Neo Química Arena. Para a partida, Dorival Júnior não poderá contar com Garro, suspenso pelo terceiro amarelo. O Ceará, por sua vez, enfrenta o Internacional no mesmo dia, às 21h30, na Arena Castelão.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 0 x 1 CEARÁ
Competição: Campeonato Brasileiro – 33ª rodada
Data: 9 de novembro de 2025 (sábado)
Local: Neo Química Arena, São Paulo (SP)
Público: 39.926 presentes
Renda: R$ 2.881.918,00
Árbitro: Felipe Fernandes de Lima (MG)
Cartões amarelos:
Corinthians: Rodrigo Garro
Ceará: Fabiano Souza, Pedro Henrique, Zanocelo, Dieguinho, Willian Machado, Rafael Ramos, Lourenço
Gol:Galeano (Ceará), aos 30 minutos do 1º tempo
Corinthians: Felipe Longo; Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu (Talles Magno); Maycon, Breno Bidon (Ángel Romero), Dieguinho e Rodrigo Garro; Memphis Depay (Gui Negão) e Yuri Alberto. Técnico: Dorival Júnior.
Ceará: Bruno Ferreira; Fabiano Souza, Marcos Vitor, Willian Machado e Rafael Ramos; Dieguinho (Lourenço), Zanocelo, Matheus Bahia (Nicolas) e Lucas Mugni (Paulo Baya); Galeano (Richardson) e Pedro Henrique (Fernandinho). Técnico: Léo Condé.