Raisa Toledo | 06 de novembro de 2025 - 17h20

União Brasil adia reunião que pode decidir expulsão do ministro Celso Sabino

Encontro do Conselho de Ética, que analisará processo por infidelidade partidária, foi remarcado para 24 de novembro a pedido da defesa

POLÍTICA
União Brasil adiou a reunião do Conselho de Ética que vai avaliar a possível expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, do partido. O encontro, inicialmente previsto para a próxima segunda-feira (10), foi reagendado para o dia 24 de novembro, às 15h, - (Foto: Flickr/Ministério do Turismo)

União Brasil adiou a reunião do Conselho de Ética que vai avaliar a possível expulsão do ministro do Turismo, Celso Sabino, do partido. O encontro, inicialmente previsto para a próxima segunda-feira (10), foi reagendado para o dia 24 de novembro, às 15h, e será realizado de forma virtual, segundo informou a assessoria da legenda.

A defesa de Sabino pediu a alteração da data porque o compromisso coincidia com a abertura oficial da COP30, em Belém (PA) — evento que é uma das principais bandeiras políticas do ministro e considerado vitrine de sua gestão. Dentro do partido, a escolha da data original foi vista por alguns integrantes como uma provocação.

Celso Sabino responde a um processo por infidelidade partidária após decidir permanecer à frente do Ministério do Turismo, mesmo depois de o União Brasil anunciar o desembarque do governo federal e pedir a devolução dos cargos ocupados por seus filiados.

O ministro chegou a entregar uma carta de demissão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas recuou após receber apoio de 46 dos 59 deputados da bancada do União na Câmara. Os parlamentares assinaram uma carta em defesa de sua permanência e ressaltaram a importância de manter o acesso ao ministério.

“O governo Lula é a noiva bonita”, diz Sabino

Em entrevista ao Estadão, Sabino afirmou que sua posição dentro do governo se fortaleceu com a recuperação da popularidade de Lula. “O governo Lula, hoje, é a noiva bonita e todo mundo quer estar ao lado dela”, declarou.

O ministro disse não considerar sua expulsão como certa e afirmou já ter sido sondado por vários partidos — “quase todos, para não dizer todos”, segundo ele.

“Não é coerente que, para uma pessoa que nunca infringiu nenhuma norma do partido, seja aplicada a pena mais gravosa na sua primeira suposta infração. Sou um dos fundadores do União Brasil. Criei o partido no Pará, meu Estado”, completou.