Redação | 05 de novembro de 2025 - 08h05

China suspende restrições a 15 empresas dos EUA após negociações com Washington

Medida faz parte do acordo econômico firmado em Kuala Lumpur e busca estabilizar as relações comerciais entre as duas potências

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Pequim suspende restrições a 15 empresas americanas em gesto de cooperação após negociações econômicas com Washington - (Foto: Arquivo)

A China anunciou que suspenderá as restrições impostas a 15 empresas americanas incluídas em sua lista de controle de exportações, em mais um gesto de implementação do consenso alcançado nas negociações econômicas e comerciais com os Estados Unidos, realizadas recentemente em Kuala Lumpur. As medidas passam a valer a partir de 10 de novembro, informou nesta quarta-feira (5) o Ministério do Comércio chinês.

De acordo com o comunicado, as companhias haviam sido incluídas na lista em março de 2025, por meio do Anúncio nº 13, que proibia exportações de materiais e tecnologias de uso duplo — itens com aplicações civis e militares. Entre as empresas afetadas estão Leidos, Gibbs & Cox, IP Video Market Info, Sourcemap, Skydio, Rapid Flight, Red Six Solutions, Shield AI, HavocAI, Neros Technologies, Group W, Aerkomm, General Atomics Aeronautical Systems, General Dynamics Land Systems e AeroVironment.

O governo chinês também informou que as sanções contra outras 16 empresas americanas, incluídas em abril pelo Anúncio nº 21, permanecerão suspensas por mais um ano. Exportadores interessados em retomar negócios com as companhias listadas deverão apresentar pedido de licença ao Ministério do Comércio, que avaliará as solicitações caso a caso.

Em nota paralela, o ministério anunciou ainda o cancelamento parcial das sanções aplicadas a outras empresas norte-americanas incluídas na lista de entidades não confiáveis. As restrições de abril permanecerão suspensas por um ano, enquanto as de março serão encerradas definitivamente.

Segundo o órgão, as decisões refletem o compromisso de cumprir os acordos firmados com Washington e promover um ambiente comercial mais previsível e estável entre as duas maiores economias do mundo.

O gesto sinaliza um novo esforço diplomático de Pequim para reduzir tensões e retomar o diálogo econômico de alto nível, após anos de disputas envolvendo tarifas, exportações tecnológicas e segurança nacional.