04 de novembro de 2025 - 16h45

Comissão no Senado convoca ministros e governadores para debater crime organizado

Relator quer diagnóstico nacional e propõe ouvir especialistas e jornalistas que atuam na cobertura do tema

CPI DO CRIME ORGANIZADO
CPI do Crime Organizado quer diagnóstico nacional sobre atuação de facções e milícias no Brasil. - (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)

A CPI do Crime Organizado, instalada nesta terça-feira (4) no Senado, começou os trabalhos convocando nomes de peso. Os senadores aprovaram convites para os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça) e José Múcio (Defesa), além de 11 governadores — escolhidos por representarem os estados mais e menos seguros do país ou por concentrarem facções criminosas, como PCC e Comando Vermelho.

O relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), também propôs ouvir os diretores da Polícia Federal, da Abin e secretários estaduais de segurança pública. A CPI tem 120 dias para apresentar um diagnóstico da atuação de milícias e facções, além de propor mudanças na legislação.

“Queremos entender não só o funcionamento das facções, mas como elas se infiltram em setores legais da economia”, explicou Vieira. O senador também quer respostas sobre o controle de armas, solicitando relatórios de inteligência aos ministérios da Justiça e da Defesa.

Jornalismo e segurança - A comissão aprovou ainda convites para especialistas em segurança pública, como o promotor Lincoln Gakiya, o pesquisador Bruno Paes Manso e o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima.

Entre os jornalistas convidados estão Josmar Jozino (UOL), Rafael Soares (O Globo), Cecília Olliveira (Fogo Cruzado), Allan de Abreu (Revista Piauí) e Rodrigo Pimentel, ex-Bope e articulista. Eles devem relatar experiências e desafios da cobertura de temas ligados ao crime organizado.

Governadores convocados: