Redação E+ | 04 de novembro de 2025 - 10h55

10° suspeito de envolvimento na morte de Ruy Ferraz Fontes é preso em SP

Homem foi capturado no Grajaú, zona sul da capital; ex-delegado-geral foi assassinado em setembro, no litoral paulista

SÃO PAULO
Delegado Ruy Ferraz Fontes, à época em que era diretor do Denarc. (Foto: WERTHER SANTANA/ESTADÃO) - Foto: Werther Santana/Estadão

A Polícia Civil de São Paulo prendeu, na segunda-feira (3), o décimo suspeito de participar do assassinato de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da corporação. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o homem foi capturado no bairro Grajaú, zona sul da capital paulista, e possuía antecedentes por receptação, porte ilegal de arma e furto.

Com ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre .380. De acordo com a SSP, dez suspeitos estão presos, dois permanecem foragidos e um morreu durante as investigações.

Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, foi assassinado em 15 de setembro, em Praia Grande, no litoral sul paulista. O ex-delegado foi baleado em uma emboscada quando saía da sede da prefeitura, onde exercia o cargo de secretário municipal de Administração.

Conhecido por sua atuação no combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC), Fontes chefiou a Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022. Em 2006, foi o responsável por indiciar toda a cúpula da facção criminosa, incluindo o líder Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.

Linhas de investigação

Os investigadores apuram se há ligação entre o homicídio e uma licitação de R$ 24 milhões realizada pela Prefeitura de Praia Grande em setembro. Segundo informações reveladas pelo Estadão, o contrato teria prejudicado uma entidade ligada a criminosos, o que pode ter motivado a execução.

No início de outubro, o subsecretário de Gestão e Tecnologia de Praia Grande, Sandro Rogério Pardini, e outros quatro servidores foram alvos de mandados de busca e apreensão. Na casa de Pardini, foram encontrados R$ 50 mil em espécie, mil euros, 10 mil dólares, computadores, celulares e três pistolas.

Em nota, a defesa do subsecretário afirmou que ele “nega veementemente qualquer participação, direta ou indireta, nos fatos investigados”, e que está à disposição das autoridades para colaborar.