Mortos na ação nos complexos do Alemão e Penha são jovens; maioria ligada ao tráfico
Entre os cerca de 115 identificados, 95% tinham entre 14 e 39 anos, média de 28 anos; 60% tinham até 30 anos e mais de 95% tinham ligação com a facção Comando Vermelho (CV)
GERALA maioria dos mortos na megaoperação policial realizada em 28 de outubro de 2025 nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, tinha menos de 40 anos e era do sexo masculino. De acordo com o governo do estado, dos 115 corpos já identificados, 95% tinham entre 14 e 39 anos, com uma média de idade de 28 anos.
O caso mais jovem é o de um adolescente de 14 anos, que segundo a Polícia Civil, possuía envolvimento com o tráfico de drogas — apontado após a análise de imagens em redes sociais onde o jovem aparecia com um fuzil. Ao menos 60% dos mortos tinham até 30 anos.
A polícia afirma que mais de 95% das vítimas fatais tinham ligação direta com o Comando Vermelho, facção criminosa alvo da ação. Entre os mortos, 59 tinham mandados de prisão pendentes, 97 apresentavam histórico criminal, e 12 dos 17 que não tinham registros oficiais mostravam, em redes sociais, sinais de participação no tráfico.
Além disso, 62 dos mortos eram oriundos de outros estados. Os principais foram:
- Pará: 19
- Bahia: 12
- Amazonas: 9
- Goiás: 9
- Ceará: 4
- Espírito Santo: 3
- Paraíba: 2
- Maranhão, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso: 1 cada
Outros três tinham mais de 40 anos, incluindo o mais velho, Jorge Benedito Correa Barbosa, de 54 anos. Os policiais mortos na ação foram dois civis e dois militares.
Segundo o secretário da Polícia Civil, delegado Felipe Curi, o mapeamento é parte da documentação oficial da operação, que seguirá em investigação para garantir transparência e legalidade.