Redação | 04 de novembro de 2025 - 10h30

5 curiosidades de Tremembé que não aparecem na série do Prime Video

Série baseada nos livros de Ullisses Campbell revela o cotidiano do presídio dos famosos, mas há histórias que ficaram de fora da produção.

TREMEMBÉ
Foto oficial da nova série "Tremembé" - (Foto: Divulgação/ Prime Video)

A série Tremembé, lançada pelo Prime Video, mergulha nas histórias de crimes que abalaram o Brasil e os bastidores do Complexo Penitenciário de Tremembé, também conhecido como “presídio dos famosos”. No entanto, nem tudo que acontece por trás das muralhas chegou às telas.

Inspirada nos livros do jornalista Ullisses Campbell, a produção dramatiza fatos verídicos, mas deixa de fora histórias pitorescas, inusitadas e surpreendentes vividas por presas e presos notórios. Abaixo, você confere cinco curiosidades do livro "Tremembé - O Presídio dos Famosos" (Matrix Editora) que ficaram de fora da série.

1. A “Cela dos Espíritos” e uma carta psicografada para Suzane

Entre as celas femininas de Tremembé, uma ficou famosa por suas atividades mediúnicas. Liderada por Luiza Motta, presa por homicídio, o grupo reunia detentas em busca de perdão e cura espiritual.

A história mais intrigante envolve Suzane von Richthofen, que teria recebido uma carta psicografada atribuída à própria mãe, em que ela expressava perdão e amor pela filha. A cela virou um ponto de interesse e fé dentro da unidade.

2. Fuga com a ajuda de maracujazeiros

Em 2007, a detenta Dominique Cristina Scharf, apelidada de "Dama do Cárcere", protagonizou uma das fugas mais inacreditáveis do sistema prisional paulista. Ela usou uma escada improvisada de maracujá, que crescia entrelaçada em caibros do muro do presídio, para escalar uma muralha de seis metros.

Apesar de ter quebrado o braço e a perna durante a queda, ela conseguiu fugir — mas foi recapturada dias depois.

3. Concurso “Miss Xilindró”

Tremembé também foi palco do concurso Miss Primavera, apelidado pelas internas de Miss Xilindró. Promovido pela administração penitenciária, o evento premiava categorias como Simpatia, Plus Size, Revelação e até Mister Tremembé, voltado a homens trans ou mulheres com expressão masculina.

Em 2014, o título de Garota Revelação foi conquistado por Sandra Ruiz, a “Sandrão”, sequestradora envolvida com Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.

4. Tráfico com rota secreta no forro

Mesmo em regime semiaberto, o crime persistia entre os muros do presídio. Segundo o livro, presos abriram um túnel secreto no forro de um galpão para traficar crack dentro da unidade.

As pedras, compradas por R$ 10 fora da prisão, eram vendidas a R$ 50. O esquema só foi descoberto quando um usuário inadimplente denunciou o tráfico interno.

5. Café Literário com clássicos da literatura

Nem tudo em Tremembé gira em torno de crime. Condenado por homicídio e estelionato, Gil Rugai criou o Café Literário, um projeto de leitura que unia detentos de diferentes alas para discutir obras clássicas como Crime e Castigo (Dostoiévski), A Divina Comédia (Dante) e textos de Cora Coralina.

A atividade foi elogiada por sua capacidade de ressocialização e chegou a servir de modelo para outras unidades prisionais.