Rayanderson Guerra | 03 de novembro de 2025 - 16h00

Quatro nomes são retirados da lista final de mortos em megaoperação no Rio, diz Polícia Civil

Laudos confirmaram 117 identificações; mais de 95% dos suspeitos tinham ligação com o Comando Vermelho

MEGAOPERAÇÃO
Parente das vitimas da operação contenção chegando ao Instituto médico legal (IML) pra fazerem reconhecimento dos corpos. - (Foto: Joédson Alves/Agência Brasil)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro divulgou nesta segunda-feira (3) a lista final de suspeitos mortos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha. Quatro nomes que constavam na primeira relação de corpos identificados foram retirados após exames periciais.

De acordo com as autoridades, os nomes de Alexsandro Bessa dos Santos, Alisom Lemos Rocha, Claudinei Santos Fernandes e Michael Douglas Rodrigues Fernandes foram incluídos na lista inicial, mas não constam no relatório final, divulgado após o encerramento dos trabalhos de identificação. A Polícia Civil não detalhou se os nomes foram inseridos por engano ou por outra inconsistência técnica e também não esclareceu se os quatro tinham qualquer envolvimento com a operação.

A corporação explicou que o processo de identificação é feito em duas etapas: primeiro, por meio de reconhecimento facial; depois, validado pela perícia papiloscópica (análise de impressões digitais). “Apenas após a validação pericial, o registro de identificação é concluído”, informou em nota.

Um dos nomes retirados da lista, Alisom Lemos Rocha — também conhecido pelos apelidos “Russo” ou “Gordinho do Valão” — é apontado como chefe do tráfico de drogas em Serra, na Grande Vitória (ES). Ele é investigado pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) por envolvimento em um assassinato ocorrido em abril deste ano.

A Defensoria Pública do Estado informou que os 117 corpos identificados foram liberados pelo Instituto Médico Legal (IML) neste domingo (2). Todos estavam em processo de perícia, que confirmou a identidade da maioria dos mortos.

Segundo a Polícia Civil, dos 119 mortos na operação, 117 foram formalmente identificados. Em dois casos, os laudos foram considerados inconclusivos. Mais de 95% dos indivíduos identificados, segundo a corporação, “tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho”.

O levantamento final também revelou que 62 dos mortos não eram naturais do Rio de Janeiro. O maior número é do estado do Pará, com 19 identificados. Veja a origem dos suspeitos segundo a relação oficial: