Mesmo após retornar de lesão e voltar a atuar pelo Santos, Neymar ficou de fora pela quarta vez consecutiva da lista de convocados da seleção brasileira sob o comando de Carlo Ancelotti. O técnico italiano divulgou nesta segunda-feira (3) a relação dos jogadores para os amistosos contra Senegal e Tunísia, marcados para os dias 15 e 18 de novembro, e novamente o nome do camisa 10 não apareceu.

Durante a coletiva de imprensa, Ancelotti foi breve ao comentar sobre a ausência do maior artilheiro da história da seleção brasileira (segundo a Fifa): “Não falei novamente com o Neymar. Vamos ver quando ele puder recuperar e jogar de novo”, limitou-se a dizer.

Sem mencionar diretamente o atacante do Santos, o treinador deixou claro que a condição física plena é um critério inegociável para levar um atleta à Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, México e Canadá.

“Não vou chamar um jogador que não tem intensidade para todo Mundial. Precisamos de jogadores no nível top fisicamente”, reforçou.

Ancelotti tem dito que Neymar não precisa ser testado, mas que só será convocado quando estiver “100%, não 80%”.

A ausência de Neymar não se deve à sua recente lesão no músculo reto femoral da coxa direita, que o afastou por 48 dias. Ele voltou a jogar no domingo (2), atuando por 23 minutos no empate do Santos por 1 a 1 contra o Fortaleza, pelo Campeonato Brasileiro.

Desde que retornou ao Santos, o camisa 10 participou de 22 partidas, 17 delas como titular, marcando seis gols e distribuindo três assistências. Mesmo assim, vem convivendo com lesões, assim como nos tempos de Al-Hilal, na Arábia Saudita.

Sua última atuação pela seleção brasileira foi há mais de dois anos, e sua presença na Copa do Mundo de 2026 permanece uma incógnita.

Apesar de não ter sido chamado em três das quatro convocações em que estava disponível, Ancelotti não descartou Neymar da lista final para o Mundial. Segundo ele, o atacante ainda pode fazer parte dos 26 nomes, desde que comprove sua plena recuperação física.

Enquanto isso, o treinador segue observando outros jogadores e promovendo a renovação do elenco, mantendo a exigência de alto nível de intensidade para quem vestir a camisa da seleção.