Aramis Merki II | 02 de novembro de 2025 - 18h30

Casa Branca defende fim do filibuster em meio à paralisação do governo dos EUA

Porta-voz Karoline Leavitt diz que Trump quer ação rápida do Congresso para encerrar impasse que já dura 32 dias.

POLÍTICA INTERNACIONAL
Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, defendeu o fim do filibuster e culpou democratas pela paralisação do governo dos EUA. - Foto: Alex Brandon/AP

A Casa Branca defendeu o fim do filibuster — mecanismo usado por senadores americanos para prolongar debates e atrasar votações — em meio à paralisação do governo federal dos Estados Unidos, que já completa 32 dias.

A declaração foi feita pela secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, em entrevista à Fox News, neste domingo (2). Ela afirmou que o presidente Donald Trump discutiu o tema com o líder da maioria no Senado, John Thune, e com o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson.

Pressão por ação do Congresso - Trump também reforçou publicamente sua posição nas redes sociais. Em mensagem publicada na Truth Social, o republicano pressionou seu partido a adotar uma postura mais agressiva no Congresso.

“Se o partido agir, acabará imediatamente com a paralisação extorsiva, aprovará nossa agenda e tornará a vida tão boa para os americanos que os democratas nunca mais terão a chance de destruir a América”, escreveu.

Leavitt, por sua vez, culpou os democratas pela paralisação, acusando-os de “manter o povo americano refém”. Segundo ela, o impasse já provoca efeitos concretos, como escassez de controladores de tráfego aéreo e atrasos severos em aeroportos durante o início da temporada de viagens mais movimentada do ano.

A porta-voz também afirmou que as tropas militares continuam recebendo pagamento apenas graças a uma manobra legal encontrada por Trump.

Expectativa de acordo - Apesar das críticas, Leavitt demonstrou otimismo quanto a uma possível solução nas próximas horas.

“Esperamos que o governo abra amanhã. Os republicanos e o presidente Trump querem reabrir o governo, e então podemos discutir o enfrentamento dessas questões muito importantes diante de nós”, declarou.

A paralisação, a mais longa desde 2018, afeta diversos serviços públicos federais, incluindo transporte, fiscalização e programas sociais, e expõe mais uma vez o impasse político entre republicanos e democratas no Congresso americano.