Revolução Ambiental amplia ações na Expogenética e busca desviar 90% dos resíduos do aterro em 2026
Após alcançar 86% de reaproveitamento de resíduos na Expogrande 2025, projeto liderado pela engenheira ambiental Dayana Garcia reforça compromisso com a educação ambiental e o selo "Rumo ao Lixo Zero"
SUSTENTABILIDADEA Revolução Ambiental mais uma vez marcou presença na Expogenética 2025, em Campo Grande, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e a gestão responsável de resíduos nas maiores feiras do agronegócio de Mato Grosso do Sul. À frente da iniciativa está a engenheira ambiental Dayana Garcia, que destacou, em entrevista ao Jornal A Crítica, os resultados expressivos obtidos neste ano e as metas para o futuro.
Na Expogrande 2025, realizada no primeiro semestre, o projeto conseguiu desviar 86% dos resíduos gerados do aterro sanitário, um salto de 12 pontos percentuais em relação ao ano anterior, conquistando o selo “Rumo ao Lixo Zero”. “Esse resultado mostra que é possível unir agronegócio e sustentabilidade. Cada lata, plástico, vidro e resto orgânico reaproveitado representa menos impacto ambiental e mais consciência coletiva”, afirmou Dayana.
De acordo com a engenheira, o selo leva em conta não apenas a reciclagem, mas também práticas de não geração, reaproveitamento e compostagem. O trabalho da equipe é contínuo e envolve educação ambiental antes, durante e depois dos eventos, transformando hábitos e promovendo o engajamento do público. “A educação ambiental é como plantar uma semente: o resultado vem com o tempo, e o mais bonito é ver as pessoas levando esse aprendizado para casa”, explicou.
A meta para 2026 é chegar a 90% de desvio de resíduos, um desafio diante do grande volume de visitantes nas feiras agropecuárias. Entre os principais materiais recolhidos estão plásticos, papéis, latas, vidros e restos de alimentos, além dos resíduos orgânicos provenientes dos animais. Tudo é separado na fonte geradora e encaminhado para reciclagem e compostagem, evitando a sobrecarga do aterro sanitário.
Dayana também reforçou que o descarte incorreto ainda é um problema grave. “Queimar ou enterrar resíduos é o mesmo que enterrar dinheiro. O resíduo tem valor, é matéria-prima. Quando jogado no lugar errado, ele polui o solo, a água e pode levar décadas para se decompor”, alertou.
Com resultados concretos e uma atuação educativa permanente, a Revolução Ambiental consolida-se como referência em gestão sustentável de resíduos em eventos agropecuários, contribuindo para que o agronegócio sul-mato-grossense avance de forma mais responsável e consciente.