Ricardo Eugenio | 01 de novembro de 2025 - 15h54

"Queremos democratizar a genética", diz presidente da Nelore-MS sobre Expogenética

Na cabine de vidro do Jornal A Crítica, Paulo Matos detalha os bastidores da feira e aposta na democratização da genética melhoradora no campo

GENÉTICA
Paulo Matos, presidente da Nelore-MS, destaca geração de empregos, inclusão social e fortalecimento da pecuária na Expo Genética 2025, em Campo Grande. - (Foto: A Crítica)

Durante cobertura especial da Expogenética MS 2025, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, o Jornal A Crítica recebeu na cabine de vidro o presidente da Associação Nelore MS, Paulo Matos, para uma conversa exclusiva sobre os bastidores do evento, os avanços da pecuária e os caminhos para tornar a genética de ponta acessível a todos.

“Essa feira não é só para grandes negócios. Estamos democratizando o acesso à genética de ponta”, afirmou Paulo Matos. Segundo ele, uma parceria firmada com o Sicoob criou uma linha de crédito voltada especialmente para pequenos produtores, com prazo de até oito anos para pagamento. “Aquele produtor que tem 10, 15 vacas, que antes não podia participar, agora pode sair daqui com um touro melhorador financiado.”

A feira teve início no dia 25 de outubro com os primeiros leilões e foi aberta oficialmente em 1º de novembro com a presença do governador Eduardo Riedel, do senador Nelsinho Trad e lideranças do setor agropecuário. A expectativa é que os negócios movimentem até R$ 100 milhões.

“A Expogenética cresceu. Tivemos 9 leilões no ano passado, agora são 19. Mais que dobramos”, ressaltou Matos. Ele também destacou a presença de compradores vindos de fora do estado. “Hoje mesmo, dois dos primeiros touros vendidos foram para criadores de Minas Gerais e São Paulo.”

Mais que uma vitrine de negócios, a Expogenética vem se consolidando como um evento técnico e social. A programação inclui palestras, provas equestres, shows nacionais, parque de diversões e praça de alimentação — tudo com entrada gratuita para o público geral.

Em 2025, a feira também se tornou a primeira agropecuária inclusiva do Brasil, com salas sensoriais e acessibilidade ampliada para atender pessoas com deficiência e famílias atípicas. “A inclusão não é detalhe, é prioridade. Queremos que todas as famílias possam estar aqui, com conforto e dignidade”, reforçou.

A agenda também contempla ações de cidadania e capacitação, em parceria com Senai, Sebrae, Senar, Tribunal de Justiça, Detran, Secretaria de Segurança Pública e outros órgãos. “Essa feira é feita para fazer negócios, mas também para servir como ponte entre a pesquisa, o crédito e o pequeno produtor. E isso nos orgulha muito”, concluiu Paulo Matos.