Bolsa sobe pela 7ª vez seguida e renova recorde; dólar avança após três quedas
Ibovespa fecha perto dos 149 mil pontos em meio a dados do Caged e cautela com juros nos EUA
ECONOMIAA Bolsa de Valores brasileira (B3) fechou em alta nesta quinta-feira (30) e alcançou sua sétima valorização consecutiva, renovando o recorde de pontuação. O índice Ibovespa encerrou o pregão com avanço de 0,1%, aos 148.780 pontos, muito próximo dos 149 mil. O desempenho acumulado nos últimos sete dias é de 3,23%.
Apesar de ter iniciado o dia em queda, o principal índice do mercado acionário nacional se recuperou ainda pela manhã e operou próximo da estabilidade no restante do dia, refletindo uma combinação de fatores internos e externos que influenciaram os investidores.
Dólar sobe com fala de Powell - Enquanto a bolsa renovou sua máxima histórica, o câmbio seguiu caminho oposto. O dólar comercial subiu 0,42% e fechou vendido a R$ 5,38, após três quedas consecutivas. A moeda norte-americana chegou a R$ 5,39 nas primeiras horas da manhã, mas perdeu força ao longo do dia.
No acumulado da semana, o dólar ainda recua 0,21%, mas sobe 1,09% no mês. Em 2025, a divisa acumula queda de 12,95%.
A valorização da moeda americana foi puxada pela cautela no mercado global após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Na véspera, o Fed reduziu os juros básicos em 0,25 ponto percentual, mas Powell afirmou que ainda não há garantia de novo corte na próxima reunião, em dezembro.
A perspectiva de juros altos nos Estados Unidos tende a desestimular investimentos em países emergentes, como o Brasil, provocando valorização do dólar e saída de capital estrangeiro.
Caged impacta expectativas sobre Selic - No cenário doméstico, o dado divulgado pelo Caged influenciou os mercados. Em setembro, o Brasil criou 213 mil vagas formais de trabalho. Apesar da queda de 15,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, o número ficou acima do esperado pelos analistas.
No entanto, o resultado gerou preocupações quanto à política monetária do Banco Central. O bom desempenho do mercado de trabalho pode adiar o início do ciclo de cortes na taxa Selic, o que reduz o apetite dos investidores por ações e favorece a renda fixa.
Com isso, o Ibovespa perdeu força e não conseguiu ultrapassar a marca simbólica dos 149 mil pontos.