A Justiça determinou nesta quinta-feira (30) a prisão preventiva de Gilson Castelan de Souza, preso dois dias antes em Campo Grande, acusado de matar uma mulher com múltiplos golpes de faca. O juiz considerou a gravidade do crime e o histórico violento do suspeito como fatores suficientes para mantê-lo detido.

O assassinato aconteceu na noite da última terça-feira (28). A vítima, Luana Cristina Ferreira Alves, de 32 anos, foi atacada nas ruas do bairro Jardim Columbia, na região norte da cidade. Ela foi ferida no rosto, nas costas e na nuca. Mesmo socorrida, não resistiu aos ferimentos.

Gilson foi localizado próximo ao local do crime ainda com a arma branca utilizada no ataque. Segundo a polícia, ele reagiu à abordagem e só foi contido com spray de pimenta. Pouco antes de ser preso, chegou a enviar um áudio assumindo o crime ao dono da empresa onde a vítima trabalhava.

O caso ganhou repercussão nacional após a revelação de que Gilson era procurado pela Justiça desde 2022 por outro assassinato. Na época, ele matou a ex-companheira Silbene Duroure da Guia, de 40 anos, em Várzea Grande (MT), também com golpes de faca.

A investigação aponta reincidência em crimes contra mulheres com características semelhantes: violência extrema, arma branca e relações anteriores com as vítimas.

Luana foi atacada na frente de uma empresa e ainda tentou pedir ajuda, segundo testemunhas. Vizinhos ouviram os gritos e acionaram o socorro. O irmão da vítima relatou à polícia que ela era mãe de cinco filhos menores de idade.

A investigação segue sob responsabilidade da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), que trata o caso como feminicídio qualificado.