Brasil tem melhor resultado da história em Mundial de Taekwondo
Equipe brasileira conquista duas pratas e dois ouros na China, com destaque para Edival Pontes, o Netinho
ESPORTE INTERNACIONALA seleção brasileira de taekwondo encerrou sua participação no Campeonato Mundial da modalidade, realizado em Wuxi, na China, com uma campanha histórica: duas medalhas de ouro e duas de prata garantiram ao Brasil o terceiro lugar no quadro geral de medalhas, atrás apenas da Coreia do Sul e da Turquia.
O grande destaque do último dia de competição, nesta quinta-feira (30), foi Edival Pontes, o Netinho, que ficou com a medalha de prata na categoria até 74kg. O paraibano de 28 anos foi superado na final pelo usbeque Najmiddin Kosimkhojiev por 2 rounds a 0, mas celebrou o resultado com entusiasmo.
“Mais uma vez, de novo, na final do Mundial. Estou muito feliz, muito contente de ter levado o Brasil para mais um pódio nesse campeonato mundial”, comemorou Netinho, emocionado com o desempenho da equipe brasileira.
Campanha consistente e com revanche - Para chegar à decisão, Netinho teve de superar seis adversários. A trajetória incluiu uma vitória simbólica sobre Zaid Karrem, da Jordânia, seu algoz nas oitavas de final dos Jogos Olímpicos de Paris-2024, onde o brasileiro acabou com o bronze e o rival com a prata.
O caminho da prata começou com triunfo sobre Maxwuell Watene, de Ilhas Cook. Nas oitavas, venceu o chinês Cai Zjaoxun. Já nas quartas, derrotou o croata Marko Golubic, atual campeão mundial. Na semifinal, superou o iraniano Amir Sina, ex-campeão mundial júnior na Tunísia.
Esse é o segundo pódio consecutivo de Netinho em mundiais. Em 2022, em Guadalajara, ele também ficou com a prata. Com o bronze olímpico em Paris neste ano, o atleta consolida sua posição entre os principais nomes do taekwondo mundial.
Pratas e ouros inéditos - Além de Netinho, Milena Titoneli também brilhou na China. Ela garantiu a prata na categoria até 67kg, sendo superada na final pela húngara Luana Marton, na última terça-feira. Milena já havia conquistado bronzes em Guadalajara-2022 e Manchester-2019, e agora soma uma prata mundial à sua trajetória.
Os ouros brasileiros vieram com Henrique Marques (até 80kg) e Maria Clara Pacheco (até 57kg). Henrique conquistou seu título na terça-feira, enquanto Maria Clara brilhou ainda na sexta-feira da semana anterior.
Com esse desempenho, o Brasil fecha o Mundial de Wuxi com sua melhor campanha da história. A evolução da equipe reflete o investimento e a consolidação do país como potência emergente no taekwondo internacional.
A terceira colocação geral do Brasil no quadro de medalhas é considerada um marco. Ao deixar para trás países com tradição na modalidade, a equipe brasileira demonstra maturidade técnica e consistência em resultados.
A performance de atletas como Netinho, Milena, Henrique e Maria Clara confirma uma geração talentosa, capaz de rivalizar com potências tradicionais como a Coreia do Sul, sede do esporte, e a Turquia, que terminou à frente dos brasileiros neste Mundial.