Mato Grosso do Sul teve papel ativo na Operação Libertas, deflagrada nesta quarta-feira (29), que resultou no resgate de quase 800 animais silvestres em 11 estados. A ação também levou à prisão de 18 pessoas, entre flagrantes e preventivas, e à apreensão de armas, documentos falsos, dinheiro, celulares e outros materiais ligados ao tráfico de fauna.

No Estado, a força-tarefa vistoriou 35 locais em Campo Grande, Bataguaçu, Batayporã e Ivinhema, com atuação conjunta da Polícia Militar Ambiental (PMA) e do Imasul. Uma ave da espécie curió foi apreendida e outras situações irregulares foram notificadas, como criação de espécies exóticas sem documentação. Uma multa de R$ 500 foi aplicada.

MS participa de operação que resgata 800 animais e desarticula rede de tráfico de fauna em 11 estados.

Coordenada pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa), com apoio do MP de Minas Gerais e da ONG Freeland Brasil, a operação expôs uma rede de tráfico que agia nos biomas Cerrado, Caatinga e Mata Atlântica, com foco em aves como papagaios, trinca-ferros, coleirinhos e tucanos. Também foram apreendidos quelônios, felinos exóticos e outras espécies ameaçadas de extinção.

Além do tráfico de animais, foram identificados outros crimes como receptação, falsificação, maus-tratos e associação criminosa.

MS na liderança da operação - O promotor sul-mato-grossense Luciano Loubet, que preside a Abrampa, liderou a operação nacional. Ele também é coordenador do Núcleo Ambiental do Ministério Público de MS, o que coloca o Estado no centro das estratégias de combate ao tráfico de fauna no país.

Os animais resgatados foram levados a centros de reabilitação do Ibama e de órgãos estaduais. Os que têm condições de retorno à natureza serão soltos. Outros seguirão para criadouros autorizados ou zoológicos.