Viúva de policial morto em operação no Rio presta homenagem: 'Tínhamos uma vida pela frente'
Rodrigo Velloso Cabral tinha 34 anos e estava na Polícia Civil há apenas dois meses; ele foi um dos quatro agentes mortos na ação que deixou 64 vítimas
RIO DE JANEIROA viúva do policial civil Rodrigo Velloso Cabral, de 34 anos, prestou uma homenagem comovente ao marido nas redes sociais nesta quarta-feira (29). Lotado na 39ª Delegacia de Polícia (Pavuna), Cabral foi morto em confronto durante a megaoperação nas comunidades do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, que deixou ao menos 64 mortos, incluindo quatro policiais.
Em uma publicação acompanhada por uma foto ao lado do marido e da filha, ela escreveu que o policial “partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade” e que o casal “tinha uma vida inteira pela frente, cheia de planos que agora se transformam em saudade”.
“Você partiu cumprindo sua missão de proteger a sociedade, e isso é um legado de bravura que jamais será esquecido. Você era um homem de princípios, de fibra e de uma coragem que inspirava a todos. Foi o melhor pai que nossa filha poderia ter”, disse em um trecho da homenagem.
A viúva relembrou ainda a trajetória do casal, que se conheceu na adolescência. “Foram 17 anos de caminhada lado a lado, desde que éramos dois adolescentes de 15 anos. Você foi o meu primeiro e único grande amor, o marido que me fazia sentir a mulher mais amada e segura do mundo.”
Operação mais letal da história do Rio
A operação que resultou na morte do policial foi considerada a mais letal da história do Estado do Rio de Janeiro, segundo as autoridades. A ação conjunta das polícias Civil e Militar mobilizou cerca de 2,5 mil agentes e teve como alvo o Comando Vermelho (CV) nos complexos do Alemão e da Penha.
Até o momento, o número de mortos pode ultrapassar 100, com mais de 50 corpos já entregues às autoridades pela população local.