Leonardo Neto | 24 de outubro de 2025 - 14h55

Diddy é ameaçado com faca no pescoço em presídio dos EUA

Rapper cumpre pena por facilitação da prostituição e vive momento de tensão em prisão de segurança máxima em Nova York

CELEBRIDADES E JUSTIÇA
Centro de Detenção Metropolitana, no Brooklyn, onde Diddy cumpre pena e sofreu tentativa de intimidação com faca - Foto: Federal Bureau of Prisions

Sean “Diddy” Combs, um dos maiores nomes da indústria musical norte-americana, foi alvo de uma tentativa de intimidação dentro do Centro de Detenção Metropolitana (MDC), no Brooklyn, em Nova York, onde cumpre pena por facilitação da prostituição. Segundo relato do amigo pessoal Charlucci Finney ao Daily Mail, o rapper foi acordado com uma faca pressionada contra o pescoço por outro detento durante a madrugada.

O incidente foi interrompido por um agente penitenciário antes que o agressor pudesse ferir Diddy. Segundo Finney, o ataque foi um ato de intimidação típico de presídios federais com histórico de violência e que, neste caso, teve como agravante o perfil do crime atribuído ao rapper — considerado particularmente sensível dentro do sistema prisional.

“O MDC é especialmente hostil com presos acusados de crimes sexuais”, explicou o amigo.

Condenação e contexto do caso - Diddy foi condenado no início deste mês a quatro anos e dois meses de prisão, além de multa de US$ 500 mil. A sentença foi proferida pelo juiz Arun Subramanian, em um dos julgamentos mais repercutidos da indústria do entretenimento nos EUA. O magnata do hip-hop foi acusado de facilitar a prostituição ao coagir mulheres a manter relações sexuais com terceiros — conhecidos como "prostitutos contratados" — com a ajuda de sua equipe de funcionários.

O artista foi absolvido das acusações mais graves, incluindo tráfico sexual e conspiração para extorsão, mas mesmo a condenação por facilitação já bastou para abalar sua imagem pública e colocá-lo em um dos centros de detenção mais rígidos do país.

O Centro de Detenção Metropolitana, em Nova York, já vinha sendo alvo de críticas severas nos últimos anos por conta das más condições de segurança, superlotação, denúncias de violência entre detentos e déficit de pessoal. O local abriga presos de alta periculosidade e é considerado especialmente perigoso para celebridades ou pessoas com alto perfil midiático, como Diddy.

O episódio reacende o debate sobre a integridade e a proteção a prisioneiros de alto risco nos Estados Unidos. Celebridades condenadas por crimes sexuais costumam ser mantidas sob vigilância especial ou isoladas, mas, segundo a defesa de Diddy, ele estaria cumprindo pena em meio à população carcerária comum.

Impactos e próximos passos - A defesa do artista deve usar o episódio como argumento para solicitar a mudança de unidade ou a adoção de medidas de segurança mais rígidas. O relato do amigo, ainda não confirmado oficialmente pelo Departamento de Justiça dos EUA, está sendo analisado por agentes penitenciários e pode levar à abertura de um inquérito administrativo interno.

A expectativa é de que o caso reacenda discussões sobre os riscos que artistas, figuras públicas e outros presos de alto perfil enfrentam ao serem inseridos em ambientes prisionais de segurança máxima sem acompanhamento adequado.

A defesa de Diddy ainda não se manifestou oficialmente, e o rapper, até o momento, segue detido no MDC Brooklyn.