Daniela Amorim | 23 de outubro de 2025 - 11h35

BNDES libera R$ 5,3 bilhões em crédito para empresas impactadas por tarifaço dos EUA

Recursos do Plano Brasil Soberano atendem setores da indústria, comércio, agropecuária e serviços; objetivo é preservar empregos e estimular exportações

ECONOMIA
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) - Fernando Frazão/Agência Brasil

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$ 5,3 bilhões em financiamentos por meio do Plano Brasil Soberano, voltado a empresas brasileiras afetadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos durante o governo de Donald Trump. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (23) pela instituição.

Os recursos foram destinados a 371 operações de crédito. Desse total, R$ 2,86 bilhões foram liberados pela linha Capital de Giro, voltada para despesas operacionais das empresas. Outros R$ 2,39 bilhões foram aplicados na linha Giro Diversificação, criada para ajudar as companhias a explorar novos mercados no exterior. A linha Bens de Capital, por sua vez, somou R$ 52,46 milhões.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o banco está atuando para mitigar os efeitos das tarifas norte-americanas sobre os exportadores brasileiros. “A determinação do presidente Lula é preservar os empregos e fomentar o desenvolvimento de novos mercados para as exportações prejudicadas”, afirmou em nota.

Setores beneficiados com o crédito - Do total liberado, a maior fatia foi destinada à indústria de transformação, que recebeu R$ 4,38 bilhões. O comércio e serviços foram contemplados com R$ 468 milhões; a agropecuária, com R$ 336 milhões; e a indústria extrativa, com R$ 127 milhões.

As linhas de crédito são parte do Plano Brasil Soberano, uma das frentes do governo federal para proteger setores estratégicos e manter a competitividade internacional diante de políticas comerciais desfavoráveis aplicadas por outros países.

O tarifaço dos Estados Unidos impactou diretamente exportadores brasileiros de aço, alumínio e outros bens industriais. Com a nova linha de atuação do BNDES, o governo busca evitar cortes de produção, demissões e retração nos investimentos.