Trump diz que Maduro "ofereceu tudo" para evitar conflito com os EUA
Em coletiva, o ex-presidente norte-americano afirmou que o governo venezuelano fez amplas concessões em negociações com Washington e comentou temas envolvendo Ucrânia, Rússia e Otan
POLÍTICA INTERNACIONALO ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta sexta-feira (17) que o governo da Venezuela, comandado por Nicolás Maduro, “ofereceu tudo” em negociações com Washington. Segundo o republicano, o gesto foi uma tentativa do líder venezuelano de reduzir as tensões com os norte-americanos.
“Ele não quer f**** com os Estados Unidos”, declarou Trump ao comentar o assunto.
As declarações foram dadas durante uma coletiva de imprensa antes de uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski. Trump foi questionado sobre relatos de que Caracas teria proposto conceder ao governo dos EUA participação majoritária nas reservas de petróleo e outros recursos minerais venezuelanos.
Durante a mesma conversa com jornalistas, o ex-presidente disse acreditar que há “uma ótima chance” de encerrar a guerra na Ucrânia e que “todos querem isso”, incluindo o presidente russo Vladimir Putin. Ele demonstrou confiança em uma solução diplomática que evite o uso de força militar direta.
“Com sorte, encerraremos a guerra na Ucrânia sem precisar usar mísseis Tomahawks”, afirmou Trump. “Esperamos que a Ucrânia não precise deles. Nós é que precisamos”, completou.
Trump também mencionou que a Índia deixará de comprar petróleo russo e demonstrou interesse em drones ucranianos. Sobre Putin, afirmou acreditar que o líder russo “pode estar tentando ganhar tempo” nas negociações.
Em tom mais descontraído, o republicano comentou ainda uma proposta de túnel ligando a Rússia ao Alasca, dizendo que “teremos de pensar sobre isso”, antes de brincar com Zelenski: “Acho que ele não gostou da ideia”.
No entanto, ao falar sobre a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Trump adotou um tom mais crítico. Ele acusou a Espanha de “não ser leal à aliança” e afirmou que o país “deveria ser repreendido” por ter sido o único a votar contra o aumento dos gastos com defesa para 5% do PIB entre os países-membros.